O dólar comercial fechou esta segunda-feira (23.dez.2024) cotado a R$ 6,186, com uma alta de 1,87% no dia. Este é o segundo maior valor já registrado pela moeda norte-americana em relação ao real, ficando atrás apenas da cotação da última quarta-feira (18.dez), quando atingiu R$ 6,27. Durante o pregão, o dólar chegou à máxima de R$ 6,20, revertendo as quedas acumuladas nos últimos dias.
A recuperação da moeda reflete o impacto das incertezas fiscais no mercado, mesmo após a aprovação do pacote de ajuste no Congresso.
Embora as intervenções do Banco Central tenham ajudado a controlar o câmbio recentemente, analistas avaliam que as medidas fiscais não são suficientes para equilibrar as contas públicas, o que mantém o cenário de volatilidade cambial.
Na semana anterior, o dólar havia recuado diante do avanço do pacote fiscal e de declarações positivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Contudo, nesta segunda-feira, a falta de novidades no noticiário fiscal – em razão do recesso parlamentar – e o tradicional movimento de envio de dólares ao exterior no fim do ano pressionaram a taxa de câmbio.
“O Banco Central não realizou leilões de venda de dólares, como vinha fazendo, o que aumentou a pressão sobre a cotação. Além disso, a liquidez está baixa devido à proximidade das festas de fim de ano”, explicou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
Outro fator que influenciou o mercado foi a divulgação do boletim Focus. A pesquisa mostrou um aumento nas expectativas de inflação: o IPCA projetado para 2024 subiu de 4,89% para 4,91%, enquanto a estimativa para 2025 passou de 4,60% para 4,84%. Ambos os números estão acima da meta contínua do Banco Central, de 3%.
As projeções para o câmbio também indicam um cenário de pressão. O mercado prevê que o dólar encerre 2024 cotado a R$ 6,00 e 2025 a R$ 5,90, reforçando a preocupação com a desancoragem das expectativas econômicas. E mais: Rachel Sheherazade deixa a Record após um ano. Clique AQUI para ver. (Foto: PixaBay; Fontes: P0der360; Terra)