Mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região determinando o retorno imediato ao trabalho presencial, os Correios decidiram manter parte de seus funcionários em regime remoto.
A medida foi anunciada por meio de uma circular interna divulgada na noite desta segunda-feira (30), após as 20h, momento em que os trabalhadores já haviam assinado o termo de retorno presencial, com início marcado para esta terça-feira (1º).
De acordo com o documento, alguns grupos continuarão autorizados a exercer suas funções remotamente, entre eles:
– funcionários com filhos, enteados ou crianças sob guarda judicial de até seis anos;
– responsáveis por pessoas com deficiência;
– empregados protegidos por decisões judiciais ou que passaram por reenquadramento via seleção interna.
A estatal ainda informou que solicitações de manutenção do teletrabalho por razões de saúde serão analisadas individualmente pela equipe médica, conforme cronograma específico.
A decisão judicial que pedia o retorno integral ao trabalho presencial foi concedida no último dia 11 de junho, em resposta a uma ação da Associação dos Procuradores dos Correios. Segundo a entidade, a mudança unilateral para o regime presencial violaria a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e os acordos internos firmados pela empresa para a implementação do teletrabalho.
A reestruturação no modelo de trabalho ocorre em meio a uma grave crise financeira da estatal, que fechou 2024 com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, quatro vezes superior ao déficit de 2023 (R$ 597 milhões). É a primeira vez desde 2016 que os Correios registram um resultado negativo bilionário.
Com isso, a empresa já havia suspendido férias e o home office em maio e passou a implementar ações para cortar gastos e aumentar receitas, conforme consta em comunicado obtido pelo site Metrópoles.
“Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas. Ao mesmo tempo, temos a oportunidade de provar mais uma vez a força e a resiliência da nossa empresa”, diz o documento interno. (Foto: EBC; Fonte: Metrópoles)
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