Os Correios deixaram de pagar o aluguel referente a dezembro de um galpão logístico em Contagem (MG), pertencente ao Fundo de Investimento Imobiliário TRBL11 (Tellus Rio Bravo Renda Logística). A informação foi divulgada nesta terça-feira (14) por meio de um fato relevante registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A reportagem é do Poder360.
O galpão, que opera como Centro de Tratamento de Cartas e Encomendas (CTCE) e é o maior de Minas Gerais, deveria ter gerado um pagamento de R$ 2,7 milhões em 7 de janeiro.
O valor representa 46,5% da receita mensal do fundo imobiliário. Ao longo de 2025, os Correios têm compromissos de R$ 32,4 milhões com o contrato, que tem vigência de 10 anos e multa rescisória estimada em até R$ 300 milhões.
Desde que surgiram rumores, em outubro de 2024, sobre a possibilidade de devolução do imóvel, as ações do fundo TRBL11 acumulam uma desvalorização superior a 30%, caindo de mais de R$ 100 para R$ 62,2.
A estatal, que enfrenta risco de insolvência e já decretou um teto de gastos, alegou problemas estruturais no imóvel como justificativa para interromper as atividades no local. No entanto, a TRBL11 contesta a alegação, afirmando que laudos técnicos de empresas independentes garantem a estabilidade do galpão.
Documentos internos revelados pelo Poder360 apontam que a gestão dos Correios pretende redirecionar parte dos valores economizados com a rescisão do contrato, cerca de R$ 1,5 bilhão, para renovar outros contratos de aluguel.
O fundo imobiliário, que investiu aproximadamente R$ 350 milhões para adequar o espaço, segue monitorando a situação financeira da estatal. A empresa afirmou que buscará na Justiça os valores devidos, reforçando que o imóvel está devidamente regularizado e apto para uso, com todos os certificados técnicos em dia. E mais: Sede do PT em Diadema (SP) é invadida, roubada e vandalizada. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Poder360)
