Moacir José dos Santos, condenado a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos de 8 de janeiro, foi preso pela Polícia Federal (PF) em Cascavel, no Paraná, após meses foragido. A identidade de Moacir foi confirmada por fontes da RPC, afiliada da TV Globo, após sua localização no último sábado (9).
Segundo a PF, Moacir estava foragido desde abril deste ano, após ter fugido para a Argentina. Sua captura foi possível depois de seu retorno ao Brasil, quando foi localizado pelas autoridades.
“A operação de captura foi liderada pelo Grupo de Capturas da Polícia Federal de Cascavel, que, ao receber informações sobre a presença do foragido na cidade, mobilizou uma ação rápida e coordenada para sua prisão.” A ação contou também com o apoio da Guarda Municipal.
Moacir foi condenado por crimes como “associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado”. Além da pena de prisão, foi determinado um valor de R$ 30 milhões em indenização por danos morais coletivos, que será dividido entre os demais condenados pelo envolvimento nos atos antidemocráticos.
Em janeiro, Moacir havia sido detido e, segundo a Polícia Federal, foram encontrados indícios de sua presença no Planalto, como material genético, além de fotos e vídeos da destruição em seu celular. Durante o depoimento à PF, ele afirmou ter viajado a Brasília em um ônibus fretado com cerca de 60 pessoas, com o objetivo de “buscar um Brasil melhor”.
Segundo o Ministério Público, Moacir teve participação ativa nos danos causados ao Planalto. Em depoimento, ele alegou que a manifestação era pacífica e negou qualquer envolvimento em atos de violência ou dano ao patrimônio. Ainda afirmou que entrou no Planalto apenas por impulso, buscando se proteger dos gases lançados pela Polícia Militar.
Nos minutos finais da defesa, ainda em 2023, Santos defendeu sua liberdade e chorou ao citar a família. “Tenho passado por esses constrangimentos tão profundos que tem abalado meu psicológico. Eu estou profundamente abalado. Eu sei que a minha esposa tem chorado muito, ela e meus irmãos, minhas irmãs têm sofrido muito a minha falta. Estou dependente totalmente e sofrendo aqui longe da minha família, do meu pequeno (filho) Guilherme passando importante constrangimento sendo que eu não fiz nada. O nosso manifesto era pacífico, totalmente pacífico como a Constituição Federal nos reserva o direito”, disse.
Santos afirmou que o ônibus que o levou até Brasília foi fretado e que ele não recebeu qualquer auxílio financeiro para se deslocar até a capital. O denunciado afirmou que não danificou nenhum bem.
A defesa de Moacir argumentou, antes de sua condenação, que ele não cometeu crimes, que não estava armado nem associado a outros manifestantes, e solicitou sua absolvição com base na ausência de prova de conduta delituosa. E mais: Governo proíbe benefícios de saúde e atividade física pelo VR e VA, e milhões devem perder descontos. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: G1)