Operação derruba condomínio irregular do tráfico no Complexo da Maré

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Nesta terça-feira (20), agentes da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), com o apoio das polícias Militar e Civil, intensificaram a operação de demolição de um condomínio de luxo erguido ilegalmente pelo tráfico de drogas no Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro. Batizado de Novo Horizonte, o empreendimento contava com mais de 40 edificações, incluindo áreas comerciais e coberturas sofisticadas. A operação provocou a suspensão das aulas em 26 escolas da região.

Investigadores da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) descobriram que o terreno estava sendo usado há anos para a construção de prédios de forma clandestina. Segundo a Seop, a demolição precisa ser feita de forma manual, pois o acesso de maquinário ao local é impossível devido às construções já habitadas ao redor. Até o momento, cerca de 70 unidades distribuídas em 11 prédios foram parcialmente demolidas.

As recentes operações revelaram que o Comando Vermelho (CV), facção criminosa que controla a área, usava táticas para dificultar a ação das autoridades, colocando pessoas nas unidades para simular ocupação. Durante a primeira fase da operação, foi constatado que 90% dos prédios estavam desocupados.

Na ação realizada na segunda-feira, foram apreendidos mais de 800 quilos de drogas, além de armas, granadas, rádios comunicadores e produtos roubados, incluindo centenas de caixas de cosméticos e grandes volumes de tintas.

A operação também afetou serviços públicos na região. A Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva teve suas atividades suspensas, enquanto a Clínica Diniz Batista dos Santos manteve o atendimento, porém sem realizar visitas domiciliares.

O condomínio Novo Horizonte está localizado na Avenida Brigadeiro Trompowski, nº 130, em um terreno de 3.314 m², próximo a uma academia, um campo de futebol e o Ciep Professor César Pernetta. Engenheiros da prefeitura calculam que o prejuízo para os responsáveis pelas construções ilegais ultrapassa R$ 30 milhões.

As edificações, ainda em fase de construção, com até seis andares, incluíam unidades já ocupadas antes da interdição. Durante a demolição, as autoridades encontraram duas coberturas luxuosas com detalhes de alto padrão, como cozinhas gourmet, piscinas com queda d’água e áreas de lazer equipadas. A destruição dessas unidades representa um prejuízo adicional de R$ 5 milhões para os envolvidos. Veja mais abaixo!

 

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