O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente nacional do Progressistas, afirmou nesta segunda-feira (28), em entrevista à CNN, que considera “um sonho” ocupar a vice-presidência da República em uma eventual chapa nas eleições de 2026. Embora tenha dito que buscará a reeleição ao Senado por seu estado, ele não descartou compor uma aliança nacional.
“Eu sou candidato à reeleição pelo Senado no meu estado. Acho que tenho uma missão no Piauí de enfrentar o atraso do Partido dos Trabalhadores lá no Piauí. Agora, um piauiense lá de Pedro II, se tornar vice-presidente, seria um sonho”, afirmou o parlamentar.
Apesar de destacar que “ninguém é candidato a vice”, Ciro sinalizou abertura ao projeto, caso o seu nome seja escolhido. “Eu defendo que nós escolhamos no próximo ano o melhor candidato a presidente e o melhor candidato a vice. Se as pessoas acharem e a população quiser meu nome, poxa, seria um sonho, uma realização”, declarou.
Durante a entrevista, Nogueira manifestou apoio à possível candidatura presidencial da senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura no governo Bolsonaro. No entanto, condicionou a viabilidade dela ao aval do ex-presidente.
“Eu gostaria muito de ter a Tereza Cristina como candidata, mas para isso acontecer ela teria que conquistar o apoio do presidente Bolsonaro. Como acho que se o [Ronaldo] Caiado tivesse, ganharia essa eleição”, afirmou.
Ciro também elogiou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que recentemente lançou sua pré-candidatura ao Planalto e articula uma federação com o PP. Para o senador, a postulação do goiano é “mais do que legítima”, mas depende de força eleitoral.
“Se ela for uma candidatura consistente para ganhar a eleição, não teria menor problema de apoiar essa candidatura. Eu defendo que haja uma grande força de união do centro e da direita para a escolha desse candidato, que pode ser o governador Caiado”, completou.
Sobre o papel de Jair Bolsonaro na sucessão presidencial, Ciro avalia que, mesmo fora da disputa, o ex-presidente continuará influente. “Eu não vejo possibilidade no nosso país hoje de um candidato apoiado por Bolsonaro ou apoiado por Lula não estarem no segundo turno”, disse, apontando o ex-presidente como o “grande eleitor” de 2026.
O líder progressista destacou que essas posições são suas opiniões pessoais, e que as decisões partidárias serão tomadas em conjunto com os aliados do União Brasil na futura federação. Ele indicou, porém, que a tendência majoritária do grupo é de oposição ao governo Lula: “Nós não temos identidade, nem apoiamos”.
Ainda sobre 2026, reforçou o afastamento do PP em relação à atual gestão federal. “Pode ter certeza, nós não estaremos apoiando o atual presidente na sua candidatura à reeleição”, garantiu o senador.
Ciro também defendeu articulações para tornar o texto do PL da Anistia mais consensual. “Sou favorável a todo tipo de negociação, diálogo, se busque melhorar o texto, trazer mais consenso para ele”, afirmou.
Comentando a decisão do Colégio de Líderes de adiar a votação da urgência da proposta, Ciro demonstrou confiança em sua tramitação. “Eu não tenho dúvida, pelo que eu conheço da história e da vida do presidente Hugo Mota, ele é um democrata e ele vai atender a maioria e vai colocar esse processo em votação”, concluiu. E mais: Escândalo do INSS: PF investiga Contag por suspeita de lavagem de dinheiro com descontos ilegais. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: CNN)