China anuncia retaliação às tarifas de Trump

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Na madrugada desta terça-feira (4), horário de Brasília, o governo dos Estados Unidos viu suas relações comerciais com a China ganharem um novo capítulo de tensão.

A decisão americana, anunciada na segunda-feira (3) pelo presidente Donald Trump, de elevar para 20% as taxas sobre todos os bens chineses importados desencadeou uma reação imediata de Pequim. A justificativa de Washington para o aumento foi a suposta necessidade de pressionar a China a combater com mais rigor a exportação de componentes utilizados na fabricação de fentanil, uma droga amplamente consumida nos EUA.



Foi somente na tarde de quarta-feira (4) em Pequim que o Ministério das Finanças chinês tornou público um pacote de tarifas extras sobre produtos agrícolas e alimentícios vindos dos Estados Unidos.

A medida, que passa a valer a partir do dia 10, inclui sobretaxas de 15% sobre itens como frango, trigo, milho e algodão, e de 10% sobre sorgo, soja, carne suína, carne bovina, frutos do mar, frutas, vegetais e laticínios.



Atualmente, o Brasil já ultrapassa os EUA nas exportações de milho, algodão e soja para o mercado chinês. Além disso, 25 companhias americanas enfrentam, a partir de agora, limitações tanto para exportar quanto para investir no país asiático.

A resposta da China não se limitou aos números. Em uma entrevista coletiva realizada poucas horas após o comunicado, o porta-voz do Ministério do Exterior, Lin Jian, declarou que Pequim está preparada para ir “até o fim” na disputa comercial, ecoando palavras do chanceler Wang Yi ditas duas semanas antes.



A postura firme reflete a escalada de um embate que ganhou força após Trump confirmar, na noite de segunda-feira (3), não apenas o aumento das tarifas sobre produtos chineses, mas também a imposição de taxas de 25% sobre todas as importações vindas do Canadá e do México, a partir de hoje

Antes mesmo do anúncio oficial das medidas retaliatórias, o Ministério do Comércio da China já havia sinalizado descontentamento.



“As medidas unilaterais de tarifas dos EUA violam seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio e minam a base para a cooperação econômica e comercial entre a China e os EUA”, afirmou o porta-voz da pasta.

Ele completou: “A China está profundamente insatisfeita e se opõe firmemente a isso, e tomará contramedidas para salvaguardar resolutamente seus próprios direitos e interesses”. A notícia já provocou reflexos no mercado financeiro, com as bolsas asiáticas registrando quedas expressivas na manhã de terça-feira. E mais: Prefeito do Rio vai desapropriar casa do filme ‘Ainda Estou Aqui’. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: Folha de SP)

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