Na segunda-feira, 14, o então CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, surpreendeu o mercado ao renunciar ao cargo, de acordo com um comunicado emitido aos investidores.
Essa decisão ocorreu aproximadamente um ano após o executivo reassumir a liderança da empresa, que foi privatizada em 2022, tendo anteriormente ocupado a posição entre 2016 e 2021.
O pedido de renúncia de Wilson Ferreira foi prontamente aceito pelo Conselho de Administração da Eletrobras, entretanto, o comunicado não detalha as razões por trás dessa saída abrupta.
A saída inesperada de Wilson trouxe o temor de algum tipo ingerência estatal sobre a companhia, isso porque a renúncia do executivo – um dos mais respeitados do setor elétrico – aconteceu após meses de desgaste com o conselho de administração da empresa. “Não teve um grande episódio, foram uma série de pequenos episódios que se somaram”, informa reportagem da revista Exame.
Ainda que não seja diretamente responsabilidade do governo, a saída de Ferreira aconteceu em um momento conveniente.
“Ferreira era visto como o ‘símbolo’ da desestatização e, mais recentemente, enfrentou desgaste com o Plano de Demissão Voluntária (PDV) que estressou ainda mais as relações no Planalto.”, informa a Exame.
“O conselho entregou a cabeça dele, foi quase como unir o útil ao agradável”, aponta um outro interlocutor.
Em março, em entrevista ao site Brasil 247, Lula disse que, se o governo tiver condições, voltaria a “ser dono” da companhia energética e garantiu que não iria “ficar por isso” a venda da maior fatia de participação na empresa a investidores privados.
“O que foi feito na Eletrobras foi um crime de lesa-pátria. Você privatizou uma empresa daquele porte e usou o dinheiro para o quê? É como se você tivesse a sua casa e disse que decidiu vender a sua casa para pagar a sua dívida. Você vai ficar com o que na vida? Uma empresa como a Eletrobras é um patrimônio desse País e tem de ter muita responsabilidade”, argumentou Lula, na entrevista. “Eu espero que um dia, se a gente tiver condições, a gente volte a ser dono da maior empresa de energia que esse País já teve.”
Como seu sucessor, assume a presidência da Eletrobras Ivan Monteiro, um profissional com vasta experiência no setor financeiro e energético.
Monteiro ocupou anteriormente o cargo de vice-presidente do Banco do Brasil e também desempenhou papéis importantes como diretor financeiro e presidente da Petrobras.
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