CEO do JPMorgan dá dica ‘arriscada’ para agradar o chefe

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Em tempos de reuniões cheias de gráficos coloridos, discursos ensaiados e frases de efeito, o que mais falta nas empresas pode ser justamente o básico: sinceridade.

Assim, tentar impressionar o chefe é quase um reflexo no ambiente corporativo — mas, para Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, isso pode ser um erro. Em sua fala durante um evento promovido pelo Morgan Stanley nessa terça-feira (10), Dimon deixou claro que prefere ouvir as falhas de forma direta do que ser alvo de apresentações genéricas e ensaiadas.

Segundo reportagem do Business Insider, o executivo defendeu que os líderes devem fomentar um ambiente onde os problemas possam ser discutidos sem rodeios. “O antídoto para política e conversa fiada é colocar os ‘gatos mortos na mesa’”, afirmou Dimon, usando uma metáfora contundente para reforçar a necessidade de tratar abertamente os entraves das equipes.

Ele contou um episódio curioso em que, durante um almoço, alguém disse que não havia grandes problemas, apenas algumas dificuldades em andamento. A resposta de Dimon foi direta: “Então coloque os feridos na mesa”. Para o CEO, tentar esconder os erros ou suavizar os obstáculos é justamente o que impede o avanço real dos projetos.

Na visão do executivo, reuniões corporativas se tornam ineficientes quando o foco está em agradar superiores ao invés de resolver os reais desafios enfrentados. “Elas não alocam os recursos de forma correta, não são honestas sobre produtos que dão prejuízo e acabam dando crédito a áreas que não merecem”, disse.

Dimon também compartilhou um exemplo prático da filosofia adotada dentro da empresa. Citou o setor de cartões de crédito para pequenos negócios, onde, mesmo sendo menor que a American Express, o JPMorgan mantém competitividade. A abordagem é questionadora e estratégica: “Se você estivesse tocando esse negócio, eu perguntaria: ‘O que eles fazem melhor?’”.

Para ele, é crucial manter o foco no que realmente importa: “Sou obcecado por saber: ‘Você está fazendo seu marketing?’ Ou ‘Qual é o ROI? Qual é o retorno? Você faz o que eles fazem?’”.

A fala de Dimon serve como alerta a gestores e profissionais: mais do que agradar, é necessário encarar os desafios com honestidade e coragem.

A J.P. Morgan é uma das maiores e mais influentes instituições financeiras do mundo. Fundada em 1871, nos Estados Unidos, a empresa faz parte do conglomerado JPMorgan Chase & Co., que atua em diversas áreas do setor financeiro, como:

Banco de investimentos (investment banking)

Gestão de ativos (asset management)

Serviços de tesouraria e pagamentos globais

Consultoria financeira e fusões e aquisições

A J.P. Morgan é amplamente reconhecida por assessorar grandes corporações, governos e investidores institucionais em operações complexas de mercado, como emissão de ações, reestruturações financeiras e aquisições bilionárias.

Além disso, a marca tem presença global, com escritórios em mais de 60 países, e influência significativa nas decisões econômicas mundiais. Seu nome costuma aparecer em grandes negociações, previsões de mercado e relatórios financeiros, sendo considerada uma referência no setor bancário internacional.

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