Casas Bahia tem prejuízo de R$ 1 bilhão no 4º trimestre, o maior da história

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A Casas Bahia registrou um aumento no prejuízo líquido durante o quarto trimestre, impactado por questões financeiras e pela reestruturação anunciada no ano anterior. O prejuízo líquido contábil da Casas Bahia atingiu R$ 1 bilhão no último trimestre do ano passado, em comparação com a perda de R$ 163 milhões no mesmo período de 2022. Esses números foram divulgados na segunda-feira (25).

No terceiro trimestre, o prejuízo líquido foi de R$ 836 milhões. Élcio Ito, diretor financeiro da empresa, comentou sobre as despesas não recorrentes decorrentes do plano de transformação: “Sabíamos que o plano de transformação iria incorrer em algumas despesas e até caixa não recorrentes. O importante é a não recorrência desses impactos e o quanto vai melhorar daqui para frente.”

O lucro caixa após ajustes da Casas Bahia foi de R$ 610 milhões no quarto trimestre. Já o Ebitda ajustado ficou em R$ 163 milhões, em comparação com R$ 629 milhões no último trimestre de 2022. A margem Ebitda ajustada caiu para 2,2%, ante 7,1% um ano antes.

O fluxo de caixa livre da empresa foi positivo em R$ 721 milhões no período, impulsionado pela execução do plano de reestruturação para melhoria da performance de caixa. No ano, a geração de caixa foi de R$ 648 milhões.

O diretor financeiro destacou que, em 2023, a empresa teve o melhor fluxo de caixa livre dos últimos quatro anos, revertendo para positivo após três anos negativos. No entanto, ele ressaltou que essa comparação não inclui a entrada de R$ 1,75 bilhão no caixa da empresa em 2022 pela renovação da parceria com a Bradescard.

A Casas Bahia implementou um plano de reestruturação para o período até 2025, que já resultou na demissão de mais de 8 mil funcionários, no fechamento de 55 lojas e na migração da venda de 23 subcategorias de produtos com margens negativas para o marketplace da empresa.

No quarto trimestre, o desempenho de caixa foi sazonalmente mais forte devido ao Natal e à Black Friday. A receita líquida da Casas Bahia no trimestre foi de R$ 7,4 bilhões, uma queda de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior.

As vendas nas lojas físicas, principal operação da empresa, recuaram 7,3%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas diminuíram 4% ano a ano. No entanto, o resultado financeiro ficou negativo em R$ 734 milhões, superando o resultado negativo de R$ 641 milhões do ano anterior.

Sem lojas este ano
A Casas Bahia, um dos maiores grupos varejistas de eletrônicos e móveis do país, não vai abrir lojas em 2024. Pelo contrário: deve encerrar mais 20 pontos de venda. É o segundo ano consecutivo que a empresa não inaugura uma nova unidade. A última vez que isso aconteceu foi em 2022, quando abriu 63 estabelecimentos.

Hoje o grupo soma 1.078 lojas, entre as bandeiras Casas Bahia e Ponto. Em 2022, eram 1.133. Além das lojas, o grupo engloba o site Extra.com, a fabricante de móveis Bartira, o banco digital Banqi e a empresa de logística Asaplog.

Ações tombam
As ações da Casas Bahia (BHIA3) despencaram no pregão desta terça-feira (26) após registrar prejuízo líquido contábil de R$ 1 bilhão no quarto trimestre de 2023, ante perda perda de R$ 163 milhões no mesmo período de 2022.

Com isso, os papéis derreteram 9%, negociados a R$ 6 e nas mínimas de 2024. Com o desempenho negativo hoje, as ações da gigante do varejo caminham para fechar março com o pior desempenho mensal desde setembro do ano passado, com um tombo de mais de 30%. E mais: Governo Lula quer diminuir carne na marmita de refugiados venezuelanos. Clique AQUI para ver. (Foto: divulgação; Fontes: Valor; CNN; Money Times)

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