Câmara deve recuar em PEC que autoriza Congresso a derrubar decisões do STF

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Um dia após o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar um acordo com o governo e o Congresso para manter o pagamento das emendas parlamentares, com alguns ajustes, a Câmara dos Deputados indicou que vai recuar em uma das propostas que tensionavam a relação entre os poderes. É o que relata a colunista Roseann Kennedy, do Estadão

Com isso, a tendência é que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitiria ao Legislativo revogar decisões do STF voltará à gaveta. No entanto, a harmonia entre parlamentares e o Judiciário está longe de ser completa, pois outra PEC, que limita as decisões monocráticas dos ministros, seguirá em tramitação.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ressuscitou ambas as propostas em 16 de agosto como retaliação ao Supremo, que manteve a decisão do ministro Flávio Dino de suspender as emendas parlamentares ao Orçamento.

No entanto, conta a jornalista, os magistrados não cederam à pressão e enviaram mensagens através de interlocutores, deixando claro que a PEC de revogação de decisões do STF seria considerada inconstitucional.

Por outro lado, em relação à PEC que limita decisões monocráticas, os ministros do STF têm tentado suavizar as preocupações, argumentando que a proposta seria ineficaz devido às limitações já existentes. Mesmo assim, deputados e senadores estão cientes do desconforto que o tema provoca no Supremo. O avanço dessa proposta dependerá das negociações que ocorrerão nos próximos dez dias, durante as quais o pagamento das emendas será discutido.

Nesta quarta-feira, 21, o deputado Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição, anunciou em suas redes sociais que será o relator da PEC. A proposta, de autoria do senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), foi aprovada no Senado no ano passado e estava paralisada na mesa de Arthur Lira desde dezembro.

 

Como parte do acordo negociado entre os Três Poderes, foi estabelecido que o valor global destinado às emendas parlamentares no Orçamento terá novos critérios, limitando o crescimento dessas despesas conforme o aumento das despesas discricionárias do governo.

Os detalhes desse novo critério serão discutidos em uma nova PEC, cujos termos serão definidos durante as negociações entre o governo e o Congresso nos próximos dez dias. E mais: Empresa de transportes que teve contas bloqueadas por Moraes entra em recuperação judicial. Clique AQUI para ver. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Estadão)

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