A Caixa Econômica confirmou nesta sexta-feira (17) a proposta do Corinthians para quitar a dívida da Arena. Segundo comunicado do banco, houve uma reunião entre a Caixa e o clube para a apresentação formal da proposta.
“Representantes da Caixa e do Corinthians se reuniram, e o Clube apresentou uma proposta formal para a quitação do saldo devedor da dívida do contrato de financiamento firmado para a construção da Arena Corinthians”, diz trecho do comunicado, assinado pelo diretor de Finanças e Relação com o Investidor da Caixa.
Os valores envolvidos na negociação não foram revelados. A renegociação entre o Alvinegro e a Caixa já dura meses, e o clube conta com a assessoria da empresa KPMG. Agora, o banco avalia a proposta para que um novo acordo de quitação seja ou não assinado.
O clube tenta se livrar dos juros que paga ao banco, que financiou a construção do estádio inaugurado em 2014. Só neste ano o Corinthians repassou quase R$ 100 milhões ao banco, e este dinheiro foi só de juros. No acordo atual, o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, só começa a ser pago em 2025.
A renegociação corre em paralelo à intenção do Corinthians de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena. O clube pretende vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou de forma pulverizada na Bolsa de Valores.
“O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena. Este fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender, e eu gostaria de vender. Se alguém quiser comprar, por favor nos procure”, disse ao Globo Esporte nesta semana o diretor financeiro do Corinthians, Wesley Melo.
O clube vê esta possibilidade como “muito bem encaminhada” e trabalha com dois possíveis modelos de negócio: um investidor único com aporte milionário e muitas cotas da Arena; ou todas as cotas sendo oferecidas na Bolsa. São 49% porque o Corinthians quer se manter como controlador do estádio.
Quem comprar essas “ações” passaria a receber dividendos, como acontece com outros fundos imobiliários de shoppings, galpões logísticos ou lajes corporativas. Esse “aluguel” pago aos donos das cotas seria proveniente das receitas da Arena com venda de ingressos, aluguéis de espaços comerciais, realização de eventos, entre outros.
Íntegra do comunicado da Caixa:
“A Caixa Econômica Federal (“CAIXA”) comunica à sociedade brasileira, aos seus clientes e empregados, e ao mercado em geral que, na manhã desta sexta-feira, representantes da Caixa e do Corinthians se reuniram, tendo o Clube apresentado proposta formal para a quitação do saldo devedor da dívida do Contrato de Financiamento firmado para a construção da Arena Corinthians. A proposta será encaminhada internamente para avaliações técnicas”.
Nota oficial do Corinthians:
“O Sport Club Corinthians Paulista informa a todos os seus associados e torcedores que apresentou na manhã desta sexta-feira (17) uma proposta à Caixa Econômica Federal para a realização de um dos nossos objetivos mais desejados: a quitação do saldo devedor do contrato de financiamento para a construção da Neo Química Arena. A proposta foi recebida pela Caixa e, agora, aguardaremos a obtenção dos documentos necessários à sua formalização. Informamos que, tão logo seja superada essa etapa, mais detalhes serão divulgados”.
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