O Brasil avançou da quarta para a terceira colocação no ranking global de juros reais em junho, mesmo registrando uma pequena redução na sua taxa.
Essa subida no ranking não aconteceu por mérito próprio, mas sim pela queda acentuada da taxa da Argentina, que despencou de 9,35% ao ano para 3,92%, fazendo o país cair do segundo para o oitavo lugar.
Com isso, o Brasil passou a ocupar a terceira posição, atrás apenas da Turquia e da Rússia. A taxa brasileira de juros reais — que considera a diferença entre os juros nominais e a inflação projetada — passou de 8,79% para 8,65% ao ano.
O levantamento foi feito pelo Portal MoneYou em parceria com a Lev Intelligence, que calculou a taxa média de juros reais em 40 países, estimando uma média global de 1,6% ao ano.
No Brasil, a taxa foi calculada a partir da expectativa de inflação para os próximos 12 meses (5,35%, segundo o boletim Focus do Banco Central) e dos juros de mercado futuros, com base no contrato de Depósito Interbancário (DI) de 12 meses.
Mesmo com essa ligeira queda nos juros reais, o Brasil subiu no ranking porque outros países, como a Argentina, reduziram suas taxas em ritmo mais intenso.
Em termos nominais, ou seja, sem descontar a inflação, o país manteve a quarta posição, com taxa básica de juros (Selic) em 14,75% ao ano — valor atualizado na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central.
Os líderes em juros nominais continuam sendo Turquia, Argentina e Rússia, com taxas de 46%, 29% e 21%, respectivamente.
A média global das taxas nominais foi de 6,11% ao ano. O relatório também aponta que o ciclo de alta dos juros está se desacelerando no mundo: apenas 6% dos países aumentaram suas taxas no mês analisado, enquanto a maioria as manteve estáveis. E mais: MBL expulsa vereador por ‘aproximação’ ao Bolsonarismo. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: Folha de SP)