Dados do Novo Caged de outubro, divulgados nesta quarta-feira (27) pelo ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em Brasília, demonstram que, no país, foram gerados 132.714 postos de trabalho com carteira assinada, resultante de 2.222.962 admissões e 2.090.248 desligamentos no mês.
Esse é o pior resultado para o mês da série histórica da nova metodologia do Caged, iniciada em 2020, segundo informações do portal Poder360.
No acumulado do ano, o saldo chegou a 2.117.473 empregos, positivo nos 5 grandes agrupamentos econômicos e em todos os estados.
No acumulado dos últimos 12 meses (novembro de 2023 a outubro de 2024), o saldo alcançou 1.787.839 postos de trabalho. Segundo o Ministério do Trabalho, o resultado é 22,7% maior que o saldo observado no período de novembro de 2022 a outubro de 2023, quando foram gerados 1.457.232 postos formais.
Porém, o resultado veio abaixo das expectativas do mercado financeiro. Agentes consultados pelo Poder360 estimavam a criação de aproximadamente 203 mil empregos no mês. Foi menor em 70.000 postos.
No mês de outubro, três dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldos positivos, com destaque para o setor de Serviços, que apresentou um saldo de +71.217 postos formais de trabalho (+0,31%).
Em seguida, o Comércio gerou +44.297 postos de trabalho (+0,42%), e a Indústria, que demonstrou continuidade de geração, com +23.729 postos (+0,26%) gerados no mês. A Construção Civil registrou redução de -767 postos formais de trabalho (-0,03%) e a Agropecuária redução de -5.757 postos formais de trabalho (-0,31%).
Nos estados, as maiores gerações de postos de trabalho ocorreram em São Paulo, com criação de 47.255 postos (+0,33%), com destaque para o setor de serviços (+37.345); no Rio Grande do Sul, que registrou a geração de 14.115 postos (+0,50%); e Rio de Janeiro, com 10.731 postos (+0,28%).
Acumulado do ano – No acumulado de janeiro a outubro, foram contabilizados 2.117.473 de empregos com carteira assinada, com saldo positivo nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas.
O maior crescimento ocorreu no setor de Serviços, com saldo positivo de 1.118.210 postos formais (52,8% do saldo).
A Indústria também continuou gerando empregos ao longo do ano, apresentando até outubro um saldo positivo de 429.473 postos de trabalho, com destaque para a fabricação de álcool (+15.445); fabricação de açúcar em bruto (+14.840) e frigorífico, especificamente o abate de bovinos. (+12.309).
Comparado ao acumulado de 2023, quando a indústria gerou 251.600 postos de trabalho, houve um acréscimo de +177.873 postos (70,7%) no ano.
As Unidades da Federação com maior saldo no acumulado de 2024 foram São Paulo, com 609.153 postos gerados (+4,39%), Minas Gerais, com 207.773 (+4,35%), e Paraná, com geração de 163.206 (+5,28%).
Grupos Populacionais – No mês, o saldo foi positivo para mulheres (+89.917) e para homens (+42.797). Em relação à População com Deficiência, o saldo foi positivo em 1.203 postos de trabalho. Quanto à cor, o saldo foi positivo para pardos (+137.872), brancos (+61.553), pretos (+29.293), indígenas (+997) e amarelos (+71).
Salários – O salário médio real de admissão em outubro foi de R$2.153,18, uma redução de R$18,96 (-0,87%) em comparação com setembro (R$2.172,13). Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$24,53 (+1,15%). E mais: Mendonça suspende lei do RJ sobre transporte de animais em cabines de aviões. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: Ministério do Trabalho; Poder360)