O Governo Bolsonaro assumiu o compromisso para o Brasil recuperar, até 2040, 50% de todas as embalagens plásticas geradas, evitando o descarte no meio ambiente. O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante o encontro do Comitê Intergovernamental de Negociação (INC, na sigla em inglês) da ONU, que se reuniu pela primeira vez na terça-feira (29), em Punta del Leste, no Uruguai.
Todos os anos, milhões de toneladas de plásticos acabam chegando ao mar. O descarte inadequado de embalagens criou um dos maiores desafios ambientais da atualidade: os microplásticos, que representam grave ameaça à vida aquática e saúde dos rios, mares e oceanos. Uma medida sugerida pelo ministro foi a redução do uso de microesferas de plástico de origem petroquímica em cosméticos.
“O Atlântico Sul é a porção oceânica mais limpa do planeta e queremos preservar essa importante contribuição que damos ao mundo e, ao mesmo tempo, incentivar os demais países a virar o jogo em relação à poluição plástica. Deixamos esse compromisso como forma de incentivar as demais Partes a assumirem compromissos ambiciosos em relação à poluição plástica e emissões de gases de efeito estufa”, defendeu Joaquim Leite.
A partir das discussões promovidas na Conferência dos Oceanos, que ocorreu entre junho e julho deste ano, o ministro propôs ações concretas no monitoramento das fontes de poluição plástica, produtos químicos, impactos no meio ambiente, saúde e outros aspectos.
Segundo o ministro, a reciclagem é uma ferramenta importante no combate à poluição e na promoção da eficiência energética. O uso de plástico reciclado, por exemplo, reduz o impacto ambiental da energia e das emissões em mais de 50%. Para outros materiais recicláveis, como papel, isso pode chegar até 80%.
Apenas em 2021, no Brasil, foram recicladas 33 bilhões de latas de alumínio, cerca de 99% do total comercializado, um recorde mundial. A lata feita a partir da reciclagem usa 70% menos energia e emite 71% menos gases de efeito estufa. A logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas também é destaque e exemplo para o mundo. O índice brasileiro chega a 94%, bem acima dos segundos colocados, França e Alemanha, com 70%.
“Assim, os resíduos retornam para o ciclo produtivo. Isso gera empregos verdes, preserva os recursos naturais, evita a poluição, além de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. É a economia circular na prática”, explicou o ministro. Até o momento, o programa Lixão Zero já fechou mais de 800 lixões em todo o país, aproximadamente 25% da totalidade.
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