Guilherme Boulos (PSOL-SP), que disputou a Prefeitura de São Paulo em 2024 e alcançou o segundo lugar, protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público Federal (MPF) contra a produtora Brasil Paralelo, conhecida por sua linha editorial conservador/liberal.
O deputado federal do Psol pede uma investigação sobre a alegada inserção indevida de materiais produzidos pela empresa em escolas particulares.
Segundo a denúncia, a produtora estaria incluindo conteúdos de caráter “paradidático” ou até substituindo materiais oficiais nas instituições de ensino, sem a devida autorização.
O deputado sustenta que tais materiais apresentam um “revisionismo histórico” ao abordar temas sensíveis, como o governo militar, a descoberta do Brasil, pelos portugueses, em 1500, e os atos do ‘8 de janeiro’ de 2023.
Em sua justificativa, Boulos critica a prática: “A liberdade de escolha dos métodos e conteúdos de ensino, uma prerrogativa profissional dos professores, no entanto, não se confunde com liberdade irrestrita para propagar falsificações históricas e negacionismo científico – os tais conteúdos ‘paralelos’ das bolhas ideológicas de extrema direita”.
O parlamentar ainda aponta que os materiais não atendem às exigências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e à Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Além disso, acusa a produtora de ‘incentivar’ o homeschooling, prática ainda não regulamentada no Brasil.
Boulos reforça que o ensino deve seguir conteúdos obrigatórios, conforme a legislação: “Além de ensinar o preconizado nos currículos oficiais baseados na ciência validada por especialistas, os estabelecimentos de ensino devem incluir conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a criança, o adolescente e a mulher”.
Ele conclui que qualquer material que contrarie esses princípios estaria em desacordo com a lei. E mais: Lira critica decisão de Dino sobre emendas e diz que governo Lula não tem votos para pacote fiscal. Clique AQUI para ver. Clique AQUI e APOIE nosso trabalho. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: Metrópoles)
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