Bolsonaro nega ilegalidade sobre joias sauditas; Michelle ironiza ‘Estadão’

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O ex-presidente Jair Bolsonaro negou neste sábado (4) ter cometido “atos ilegais” após uma reportagem de que joias supostamente oferecidas pela Arábia Saudita a ele e a Michelle foram trazidas para o país sul-americano sem serem declaradas às autoridades.

Na sexta-feira (3), o jornal O Estado de S. Paulo informou que um membro do governo de Bolsonaro tentou trazer “ilegalmente” para o Brasil um conjunto de joias de US $ 3,2 milhões composto por um colar de diamantes, anel, relógio e brincos presenteados ao ex-presidente e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo governo saudita.

“Estou sendo acusado de um presente que não pedi nem recebi”, disse Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil. “Não há ilegalidade da minha parte. Nunca cometi atos ilegais.”

Ainda assim, assessores de Lula prometeram que seria aberta uma investigação sobre o assunto. O ministro da Justiça, Flavio Dino, disse que solicitaria uma investigação da Polícia Federal, enquanto Paulo Pimenta, porta-voz do presidente petista, enfatizou que não haveria “impunidade”. “As evidências são robustas e a verdade será revelada”, disse Pimenta em uma transmissão nas redes sociais.

Segundo O Estado de S. Paulo, as joias avaliadas em 3 milhões de euros (quase R$ 18 milhões) foram encontradas por despachantes alfandegários na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que voltava de viagem oficial ao Oriente Médio Leste em outubro de 2021.

Agentes do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, apreenderam as joias, já que as pessoas devem declarar qualquer mercadoria com valor superior a US$ 1.000 ao entrar no Brasil, disse o jornal, acrescentando que o governo Bolsonaro tentou, sem sucesso, recuperar as joias várias vezes por meio de funcionários do governo.

Nas redes sociais, Michelle ironizou a reportagem do Estadão e se limitou a comentar: “Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estou sabendo? Meu Deus! Vocês ão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”.

 

 

Ex-chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social do governo de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten usou seu perfil no Twitter para comentar reportagem. Ele classificou a reportagem de “narrativa fantasiosa de milhões”.

“Novamente outra ‘narrativa fantasiosa de milhões’ será amplamente desmascarada. A era dos cliques, a tentativa de destruição da honra e bons costumes das pessoas não pode prosperar da forma como está. Dessa vez não veio de blogs ou pessoas físicas”, escreveu junto com documentos que, segundo ele, comprovariam que o governo Bolsonaro adotou o procedimento correto em caso de presentes recebidos.

Um dos arquivos é a mensagem enviada a governo saudita pelo governo Bolsonaro agradecendo os presentes a Michelle e que eles seriam incorporados à coleção oficial do Brasil. Confira abaixo a sequência de postagens de Wajngarten.

 

 

 

 


Fontes: Reuters; Poder360
Foto: Agência Brasil

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