Jair Bolsonaro (PL) revelou nesta quarta-feira (6) que está em andamento um acordo para que o senador Marcos Pontes (PL-SP) assuma a vice-presidência do Senado, ao lado de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que tenta retomar o comando da Casa em eleição prevista para fevereiro de 2025. “Está quase certo”, declarou Bolsonaro em entrevista ao canal Auriverde, no Youtube, destacando a proximidade de uma definição.
“Agora pouco saiu Rogério Marinho, ficou uma hora e pouco conversando comigo aqui. Conversamos, sim, com Alcolumbre. Alguns acham ‘não pode conversar com ele’. Mas vou conversar com quem? Querem lançar Marcos Pontes ao Senado? Você vota? Se você votar a gente conversa. Quem vota? São os senadores. Se nós nos afastarmos dessa política do Senado… Tá quase certo, a gente teria a 1ª vice-presidência”, declarou.
Procurados pela imprensa para confirmar o suposto acordo, tanto Alcolumbre quanto Pontes ainda não responderam. “[A 1ª vice-presidência] ajuda a definir pauta e define pauta na ausência do presidente. Hoje, nós do PL não podemos convocar nenhum ministro para nenhuma comissão, porque não temos nenhuma comissão”, disse Bolsonaro.
Com a disputa pela presidência do Senado programada para fevereiro de 2025, Alcolumbre já desponta como favorito, sustentado pelo apoio formal de ao menos seis partidos. Fontes internas do PL, entretanto, não confirmam discussões em torno da vice-presidência. A candidatura de Pontes foi anunciada de maneira independente, inclusive sem o conhecimento prévio do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto.
Atualmente, o senador do Amapá conta com apoio oficial de União Brasil, PDT, PSB, PP e PL, além de estar em tratativas com o PT, que possui nove senadores. O Republicanos também sinalizou que apoia o nome de Alcolumbre, ainda que não tenha oficializado essa posição.
No último dia 5, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também manifestou seu apoio a Alcolumbre. “A minha posição é clara. Eu tenho uma preferência pessoal como senador com Minas Gerais, até como presidente do Senado, de apoio ao ex-presidente Davi”, disse Pacheco, ressaltando sua afinidade com o ex-presidente do Senado, que colaborou em suas campanhas.
A eleição para a Mesa-Diretora do Senado, que é definida exclusivamente entre os parlamentares, escolherá 11 membros: um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro suplentes. Veja mais na reportagem da Record, abaixo! (Foto: EBC; Fonte: EBC)