O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionou neste sábado (14) contra a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa em seu governo. Braga Netto foi detido pela Polícia Federal (PF) sob a suspeita de tentar acessar informações da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Em suas redes sociais, Bolsonaro questionou os fundamentos da prisão. “Há mais de 10 dias, o ‘inquérito’ foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP [Ministério Público]. Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?”, escreveu.
A Procuradoria-Geral da República (PGR), por outro lado, justificou a prisão preventiva como uma medida para impedir interferências nas apurações do caso. Durante depoimento prestado em fevereiro deste ano, Mauro Cid revelou que Braga Netto e outros intermediários tentaram, por meio de seu pai, o general Mauro Lourena Cid, obter informações sobre sua colaboração premiada.
– A prisão do General.
– Há mais de 10 dias o “Inquérito” foi concluído pela PF, indiciando 37 pessoas e encaminhado ao MP.
– Como alguém, hoje, pode ser preso por obstruir investigações já concluídas?
– Jair Bolsonaro.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) December 14, 2024
Além disso, há uma acusação de que Braga Netto estaria envolvido em um suposto plano para um golpe de Estado após o resultado da eleição presidencial de 2022. O general foi o candidato a vice na chapa de Bolsonaro.
A defesa de Braga Netto nega as acusações, afirmando que não houve qualquer tentativa de obstruir as investigações.
A prisão também gerou críticas de aliados próximos de Bolsonaro. O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente, classificou a medida como um desrespeito às normas legais.
“O general Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, escreveu Mourão no X (antigo Twitter).
O General Braga Netto não representa nenhum risco para a ordem pública e a sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) December 14, 2024
A deputada Bia Kicis (PL-DF), líder da minoria na Câmara, também contestou as acusações de golpe de Estado. Em entrevista à CNN, afirmou que o relatório da PF não apresenta provas concretas.
“Disseram que é tudo baseado em fantasias. Não tem nada de concreto, e se tivesse mesmo história de golpe, isso teria acontecido quando o presidente Bolsonaro era o chefe supremo das Forças Armadas”, argumentou. E mais: Pablo Marçal chega de helicóptero ao SBT para teste em programa: ‘Primeiro dia de CLT’. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fonte: CNN)