O presidente norte-americano Joe Biden anunciou ontem (20), durante o Fórum Virtual de Grandes Economias sobre Clima e Energia, uma doação de US$ 500 milhões ao Fundo Amazônia (aproximadamente R$ 2,5 bi). Segundo o documento divulgado pela Casa Branca, a doação será feita diante do “renovado compromisso do Brasil de acabar com o desmatamento até 2030.”. Assista abaixo!
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🎥 Biden anuncia doação de US$ 500 milhões para Fundo Amazônia pic.twitter.com/m4EKOc0fbT
— UOL Notícias (@UOLNoticias) April 20, 2023
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou a ‘importância’ valor, que é 10 vezes maior que o prometido a Lula em fevereiro, quando brasileiro encontrou o líder norte-americano. Mas o Congresso dos Estados Unidos ainda precisa aprovar a medida. Para Marina Silva, o dinheiro poderá ajudar, por exemplo, em ‘pesquisas e ações mais imediatas’.
Biden anunciou ainda um investimento de R$ 250 milhões para o BTG Pactual. O valor seria para ajudar a trazer mais R$ 5 bilhões para apoiar o reflorestamento de terras degradadas no Brasil, Uruguai e Chile.
Os anúncios foram feitos, nesta quinta-feira, durante o encontro virtual do Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, do qual participou também Lula (PT).
O Fundo Amazônia é administrado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e voltou a receber, este ano, ‘doações’ de países como Noruega e Alemanha. Atualmente o fundo tem cerca de R$ 5 bilhões.
Mais doações
Não é a primeira doação que o BNDES sobre o governo de Lula obtém junto a outros países. Na semana passada, o presidente do banco estatal, o petista Aloizio Mercadante, anunciou que estava voltando para o Brasil com o compromisso de um aporte chinês de R$ 6,5 bilhões.
Segundo nota oficial do BNDES, documento estabelece condições gerais que serão detalhadas em dois documentos: um destinando US$ 800 milhões para investimentos de longo prazo e outro de US$ 500 milhões para aplicações de curto prazo. Não foram divulgadas informações sobre juros e condições de pagamento.
“Esse acordo com o CDB é resultado da volta do protagonismo do Brasil no mundo. Um país respeitado internacionalmente abre mais oportunidades de captação e de diversificação das fontes de recursos para o BNDES, gerando, futuramente, mais emprego e mais renda em nosso país”, declarou o presidente do Banco, o petista Aloizio Mercadante.
A linha de longo prazo, que contará com um prazo total de até 10 anos, terá como foco o financiamento de projetos de infraestrutura, energia, manufatura, petróleo e gás, agricultura, mineração, saneamento, agenda ASG (ambiental, social de governança), mudança climática e desenvolvimento verde, prevenção a epidemias, economia digital, alta tecnologia, gestão municipal e outros segmentos no Brasil. “Investimentos de longo prazo costumam ser um gargalo para o desenvolvimento do país e por isso a ideia é que a maior parte dos recursos tenham esse foco”, alegou o presidente do BNDES.
Já na linha de curto prazo, de 3 anos, o montante será utilizado como parte do orçamento de investimentos do BNDES, podendo apoiar, por exemplo, operações que promovam o comércio bilateral entre China e Brasil, entre outras frentes de financiamento.
Para o banco brasileiro, os clientes destas linhas de financiamento são potencialmente empresas privadas e entes públicos, que demandem crédito ao BNDES para apoio a investimentos nos segmentos mencionados, nas condições previstas nas políticas operacionais do BNDES.
“A China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil e lidera o fluxo de investimentos estrangeiros diretos no país”, disse Mercadante, que também está na China na comitiva de Lula (PT). “Queremos aprofundar nossas relações com o CDB do ponto de vista do financiamento, com vistas a acelerar os investimentos em setores estratégicos como transição energética, mobilidade urbana e infraestrutura”, complementou o dirigente.