O Banco Central da Argentina aumentou a taxa básica de juros, nessa quinta-feira (11), em 9,5 pontos percentuais. A “taxa Leliq” ficou em 69,5% e deve valer pelos próximos 28 dias, quando o BC argentino deve ter sua próxima reunião. A instituição financeira tem aumentado a taxa para tentar controlar a inflação (veja mais abaixo).
O índice pode superar os 90% este ano, conforme comunicado do próprio BC. Os números são elevados também são reflexo de uma política monetária bastante mais agressiva na tentativa da Argentina manter o acordo firmado recentemente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Inflação e moeda
A Argentina registrou a maior taxa de inflação dos últimos 20 anos em julho. Os preços ao consumidor acumulados em 12 meses dispararam 71% no sétimo mês do ano, sete pontos percentuais acima do registrado em junho, informou o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). O incide mensal foi de 7,4%.
O salto inflacionário em julho coincidiu com fortes tensões nos mercados cambiais da Argentina, onde as cotações paralelas do dólar americano subiram acentuadamente até níveis recordes, fenômeno que rapidamente repercutiu nos preços gerais da economia.
Atualmente, mais de 42% dos argentinos são pobres e mais de 10% vivem em situação de indigência; já a moeda se desvaloriza a cada dia. Na cotação mais recente, 1 Peso argentino equivale a R$ 0,03 centavos.