A ‘CPI do MST’ teve início nesta terça-feira (23) com a apresentação do plano de trabalho da comissão. E a estreia já foi ‘quente’.
Uma das principais discussões aconteceu quando o deputado Delegado Éder chamou o movimento de ‘bandido e ladrão’, o que acabou gerando revolva de parlamentares socialistas, principalmente de Valmir Assunção (PT-BA), ligado ao MST. Assista abaixo (aguarde até o vídeo carregar, se necessário)!
A CPI do MST começou🔥 @EderMauroPA ⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️⬇️ https://t.co/EENJDq57Kq pic.twitter.com/y2sTYz2Yaj
— Luli (@crisdemarchii) May 23, 2023
Salles x Talíria
Em outro momento de confronto verbal, a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) bateu boca com o deputado Ricardo Salles (PL-SP) durante sua fala na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Durante pronunciamento, Talíria Petrone criticava a criação da CPI, que, para ela, é uma tentativa da Câmara de ‘criminalizar’ o MST.
“Cresceu mais de 70% da violência no campo. Tem a ver com grilagem, tem a ver com madeireiros, tem a ver com garimpo ilegal. Aliás com crimes em que tem envolvimento do próprio relator, hoje investigado pela Polícia Federal. Eu estou falando de fatos”, afirmou a deputada.
Em seguida, o primeiro vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri (União Brasil-SP), interrompeu a fala da parlamentar e disse que apresentaria um questionamento, alegando que, de acordo com o regimento da Casa, nenhum deputado poderia se referir de “forma injuriosa” a membros do Legislativo. Talíria, então, rebateu.
“Não é injúria tratar de fatos. E o fato é que o relator dessa comissão é acusado de fraudar mapas, tem relação com o garimpo ilegal. Na época em que era ministro do meio ambiente foi reportado sobre madeira ilegal, ele nem ligou porque não defende o meio ambiente. Contra fatos não há argumentos”, disse Talíria.
Já fora do microfone, a deputada acrescentou: “E olha que eu nem chamei de bandido ou de marginal, com todo respeito.”
Salles, então, pediu a palavra e disse que representará contra a deputada no Conselho de Ética da Câmara. “Vou pedir à Mesa para fazer a extração da fala da deputada para representação no Conselho de Ética”, afirmou.