Barroso rejeita investigar Flávio Dino por falas antigas sobre urnas eletrônicas

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Brasília (DF), 12/07/2023 – Ministros Flávio Dino, da Justiça e Luís Roberto Barroso, do STF, participam da abertura do 59º Congresso da UNE. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil



Na quarta-feira (12), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu rejeitar uma ação movida por deputados da oposição que buscavam cobrar esclarecimentos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a respeito de publicações antigas que questionavam a segurança das urnas eletrônicas.

Entre os anos de 2009 e 2013, quando ainda era deputado federal e posteriormente assumiu a presidência da Embratur, Flávio Dino fez uma série de críticas à confiabilidade das urnas eletrônicas em seu perfil no Twitter.

Ele até afirmou, em 2013, que havia “comprovação científica de que as urnas eletrônicas são extremamente inseguras e suscetíveis a fraudes”.

A ação foi movida por mais de 30 parlamentares de direita, incluindo os deputados Eduardo Bolsonaro (SP), Bia Kicis (DF) e Nikolas Ferreira (MG), todos do PL.

Recentemente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) condenou Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade por conta de uma reunião com embaixadores na qual apresentou críticas aos aparelhos.

Contudo, para o ministro Barroso, as publicações feitas por Flávio Dino não configuram crime, uma vez que ‘não houve ofensa direta aos parlamentares’ que assinaram o pedido de investigação.

Além disso, o ministro destacou que a matéria em questão está relacionada a questões de direito civil, que não são abarcadas pelo escopo do STF, cuja competência se limita a julgar ações contra autoridades que possuam foro privilegiado.

Nas redes sociais, Flávio Dino comemorou o arquivamento do processo, classificando a ação como “delirante”. No entanto, o ministro da Justiça e Segurança Pública não mencionou diretamente Barroso ou os nomes dos autores do pedido de esclarecimentos.

 


Fonte: Veja
Foto: Agência Brasil

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