Na sessão desta quarta-feira (9), o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu o ministro Luís Roberto Barroso para presidir a Corte e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no próximo biênio. Ele sucederá a ministra Rosa Weber. Na mesma eleição, o ministro Edson Fachin foi escolhido para assumir a Vice-Presidência do Tribunal. A posse será no dia 28 de setembro.
De acordo com o Regimento Interno do STF, o Plenário deve eleger os novos dirigentes na segunda sessão ordinária do mês anterior ao do final do mandato do atual presidente. A votação seguiu a tradição de eleger o ministro mais antigo que ainda não tenha ocupado a Presidência.
Em nome do Tribunal, a ministra Rosa Weber desejou aos dois uma gestão profícua e com todo êxito. Assista abaixo!
Ao agradecer a confiança dos colegas, o ministro Barroso disse que recebe a tarefa com imensa humildade e consciente do peso dessa responsabilidade. “Prometo dignificar essa cadeira. A vida me deu a benção de servir ao Brasil sem ter nenhum outro interesse ou propósito que não o de fazer um país melhor e maior, e, na medida do possível, disseminar o bem e a justiça”, disse.
Presidente
Luís Roberto Barroso nasceu em Vassouras (RJ), em 11 de março de 1958. É doutor em Direito Público pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e professor titular de Direito Constitucional na mesma universidade. Autor de livros sobre Direito Constitucional, ele também foi procurador do Estado do Rio de Janeiro.
O ministro integra o Supremo Tribunal Federal (STF) desde 26/6/2013, indicado por Dilma Rousseff (PT).
Vice-presidente
Luiz Edson Fachin nasceu em 8 de fevereiro de 1958, em Rondinha (RS). É professor titular de Direito Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde se graduou em Direito. Tem mestrado e doutorado, também em Direito Civil, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e pós-doutorado no Canadá. Indicado pela presidente Dilma Rousseff, tomou posse no STF em 16/6/2015.
Derrotar o ‘bolsonarismo’
Cerca de um mês atrás, Barroso recebeu críticas após discurso na assembleia da UNE (União Nacional dos Estudantes). Na ocasião, Barroso foi vaiado pelos próprios jovens manifestantes pelo seu voto contra o piso salarial dos enfermeiros e por sua posição favorável à constitucionalidade do impeachment de Dilma Rousseff.
Na ânsia de se defender e arrematar alguma simpatia de quem o hostilizava, Barroso disse que tinha lutado contra a ditadura e ‘vencido o Bolsonarismo’.
Até mesmo Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, e que sempre se coloca a favor do STF em todas as críticas aos ministros da Suprema Corte, disse que se não houvesse um pedido de desculpas de Barroso sua fala poderia ser motivo de impeachment.
Depois disso, Barroso se explicou dizendo que aquela seria sua posição pessoal, mas que em nada tinha influenciado em seu trabalho no STF. E ficou por isso mesmo.
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