Bancos já aumentam juros do crédito imobiliário

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O aumento da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central começou a impactar diretamente o crédito imobiliário oferecido pelas principais instituições financeiras. O reajuste é reflexo das incertezas econômicas internas e externas.

Segundo matéria do Estadão, o Itaú Unibanco foi o primeiro a reajustar suas taxas, elevando a média de 10,49% para 10,79% ao ano. Outros grandes bancos, como Bradesco, Santander e BRB, também já consideram aplicar aumentos nas suas taxas, refletindo o cenário econômico atual.



Com o reajuste da taxa de juros de 10,49% para 10,79% ao ano, o valor final a ser pago por um imóvel de R$ 300 mil financiado em 30 anos aumentou em aproximadamente R$ 21.903,71. O valor total a ser pago com a nova taxa seria de cerca de R$ 971.042,91, enquanto que com a taxa antiga o valor seria de R$ 949.139,19. Lembrando que os valores são apenas estimados e não possuem confirmação.

O principal fator para essa elevação está relacionado à redução dos recursos da caderneta de poupança, tradicional fonte de financiamento imobiliário. Com isso, as instituições estão recorrendo a alternativas mais custosas, influenciadas pela alta da Selic. Se ela sobe, o capital fica ‘mais caro’ para os bancos, que fazem o repasse aos clientes.



A Caixa Econômica Federal, que detém cerca de 70% dos financiamentos imobiliários do Brasil, ainda não alterou suas taxas de juros, mas anunciou mudanças significativas nas exigências para a entrada de novos contratos. A partir de 1º de novembro, será necessário dar uma entrada de 30% no sistema SAC (onde as parcelas diminuem ao longo do tempo), enquanto no sistema Price, a entrada exigida passará de 30% para 50%. Na prática, “a medida tende a reduzir a procura por financiamentos”.

O Santander, apesar de afirmar que não pretende cortar a oferta de crédito, admitiu ao Estadão que, com o aumento dos juros de longo prazo, “a tendência é de aumento nas taxas do crédito imobiliário”.



Já o BRB também estuda ajustes nas suas taxas, influenciado pelo novo cenário econômico. Por fim, o Itaú, em nota, ressaltou o compromisso de “manter taxas competitivas”, mesmo diante das pressões econômicas, buscando continuar atendendo seus clientes com foco nas suas necessidades. E mais: PIB do Brasil cairá para 10ª posição este ano, segundo FMI. Clique AQUI para ver. (Foto: Pixa Bay; Fonte: Estadão)

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