Um equívoco monumental do Citigroup resultou no depósito acidental de US$ 81 trilhões — cerca de R$ 471,7 trilhões — na conta de um cliente, quando a intenção era transferir apenas US$ 280 (R$ 1.630,40).
A informação foi publicada nesta quinta-feira (27) pelo jornal britânico Financial Times. O incidente ocorreu em abril do ano passado, mas só agora veio à tona.
A falha passou despercebida inicialmente por dois funcionários: um encarregado de realizar pagamentos e outro responsável por revisar a operação antes da aprovação. Somente um terceiro colaborador, que monitorava os saldos das contas, identificou o problema 1h30 depois, embora a correção tenha levado várias horas para ser concluída.
De acordo com o Financial Times, os recursos não chegaram a deixar o banco, mas o Citi foi obrigado a reportar o caso ao Federal Reserve (o banco central dos EUA) e ao Escritório de Controle da Moeda (OCC), órgão do Departamento do Tesouro americano que regula instituições financeiras.
Em nota divulgada pelo jornal, o banco afirmou que seus sistemas “prontamente identificaram o erro” entre duas contas contábeis e conseguiram reverter o crédito.
“Embora não tenha havido impacto para o banco ou para nosso cliente, o episódio ressalta nossos esforços contínuos para continuar eliminando processos manuais e automatizando controles”, declarou a instituição, destacando medidas para evitar repetições.
O caso não é isolado. O Financial Times revelou que, apenas em 2024, o Citigroup registrou pelo menos 10 erros semelhantes, envolvendo valores iguais ou superiores a US$ 1 bilhão (R$ 5,8 bilhões).
Esses problemas operacionais remontam a incidentes anteriores, como o envio equivocado de US$ 900 milhões (R$ 5,2 bilhões) a credores da Revlon em 2020, em meio a uma disputa judicial.
Na ocasião, o erro custou o cargo do então presidente Michael Corbat e rendeu multas ao banco, além de ordens regulatórias para corrigir falhas sistêmicas — um desafio que persiste quase cinco anos depois. E mais: Ex-jogador do Real Madrid morre aos 48 anos. Clique AQUI para ver. (Foto: Divulgação; Fonte: G1)