Balança comercial registra segundo 2º maior superávit da história entre janeiro e julho

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de hasteamento da bandeira, no Palácio da Alvorada.



Em julho, a balança comercial brasileira teve superávit de US$ 5,444 bilhões. Nos sete primeiros meses do ano, a diferença entre exportações x importações acumula resultado positivo de US$ 39,751 bilhões.

Isso representa 10,4% a menos que o registrado de janeiro a julho do ano passado. Apesar do recuo, o saldo é o segundo melhor da história para o período, perdendo apenas para os sete primeiros meses de 2021, quando o superávit tinha fechado em US$ 44,38 bilhões.

No mês passado, o Brasil vendeu US$ 29,955 bilhões para o exterior e comprou US$ 24,511 bilhões. Em valores totais, tanto as importações como as exportações bateram recorde em julho, desde o início da série histórica, em 1989. As exportações subiram 20% em relação a julho do ano passado, pelo critério da média diária. As importações, no entanto, aumentaram em ritmo maior: 31,6% na mesma comparação.

É importante reforçar que importações não são “ruins” à economia do país. Significa que a “máquina econômica” está funcionando, importando maquinários, insumos e outros bens que favorecem o desenvolvimento da indústria, que pode exportar mais.

O recorde das importações e das exportações teve ajuda dos preços internacionais das mercadorias. No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu em média apenas 4,7% na comparação com julho do ano passado, enquanto os preços aumentaram 12,2%, favorecidos pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional).

Nas importações, a quantidade comprada subiu 8,7%, mas os preços médios subiram 41,6%. A alta dos preços foi puxada principalmente por adubos, fertilizantes, petróleo, carvão e trigo, itens que ficaram mais caros após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Setores
No setor agropecuário, o produtos com maior destaque nas exportações foram milho não moído (+201,7%), café não torrado (+84,4%) e soja (+23,8%). O destaque negativo foi o algodão, cujas exportações caíram 50,6% de julho do ano passado a julho deste ano por causa da antecipação de embarques no início do ano.

Na indústria extrativa, os maiores crescimentos foram registrados nas exportações de óleos minerais brutos (+92,8%), petróleo bruto (+77,5%) e minério de níquel (+53,2%). Na indústria de transformação, os maiores crescimentos ocorreram nos combustíveis (+103,1%), açúcares e melaços (+44,6%) e carne bovina refrigerada ou congelada (+27,4%).

Em relação às importações, os maiores crescimentos foram registrados nos seguintes produtos: cevada não moída (+83,5%), pescados inteiros (+34,1%) e trigo e centeio não moídos (+23,2%), na agropecuária; carvão não aglomerado (+211,1%), gás natural (+106,5%) e petróleo bruto (+98,5%), na indústria extrativa; e combustíveis (+82,7%) e adubos ou fertilizantes químicos processados (+175,3%), combustíveis (+93,4%) e válvulas de cátodo (+58,5%), na indústria de transformação.

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Fonte e foto: Agência Brasil

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