Superávit da balança comercial brasileira cai 50% em agosto, puxado por queda nas exportações

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O Brasil registrou um superávit de 4,828 bilhões de dólares na balança comercial em agosto, o que representa uma queda de 50% em comparação com o mesmo período do ano anterior, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) nesta quinta-feira.

O resultado ficou abaixo da previsão de economistas consultados pela Reuters, que esperavam um saldo positivo de 6,1 bilhões de dólares para o mês.

As exportações totalizaram 29,078 bilhões de dólares em agosto, registrando uma queda de 6,5% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse desempenho foi impactado pela redução nos embarques de produtos como soja e minério de ferro. Por outro lado, as importações aumentaram 13%, atingindo 24,250 bilhões de dólares.

Nos primeiros oito meses de 2024, o saldo da balança comercial foi de 54,078 bilhões de dólares, representando uma queda de 13,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Durante esse intervalo, as exportações somaram 227,003 bilhões de dólares, com um crescimento de 1,1%, enquanto as importações subiram 6,6%, totalizando 172,924 bilhões de dólares.

Entre os setores, a indústria de transformação foi a que mais elevou suas exportações, com um aumento de 0,6% em relação a agosto de 2023, somando 16,137 bilhões de dólares. Por outro lado, a agropecuária apresentou a maior queda, com uma baixa de 19,1%, totalizando 6,182 bilhões de dólares, seguida pela indústria extrativa, que recuou 8,1%, com exportações de 6,613 bilhões de dólares.

Nas importações, o destaque foi o setor de bens de capital, com um crescimento expressivo de 28,7%, enquanto os bens de consumo avançaram 22,6%. O setor de bens intermediários também teve alta, de 9,8%, e o de combustíveis registrou o menor crescimento, subindo 2,9%.

De acordo com Herlon Alves Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, a redução do superávit está relacionada à queda nas exportações de soja e minério de ferro, além do aumento nas importações.

Questionado sobre a possibilidade de revisão da projeção de superávit de 79,2 bilhões de dólares para 2024, Brandão afirmou que os resultados já estavam dentro do previsto, mas destacou que “uma desaceleração econômica global pode afetar as exportações”, enquanto “um aumento da demanda interna devido ao crescimento econômico pode impactar as importações.”. E mais: Celebrações do ‘7 de Setembro’ serão reduzidas por falta de orçamento, diz ministro da Defesa. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução; Fonte: UOL; Reuters)

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