A operação que levou à prisão Deolane Bezerra e outros 18 suspeitos resultou na apreensão de diversos bens de luxo, como carros, imóveis, aeronaves e embarcações. Entre os itens confiscados pela Polícia Civil de Pernambuco durante a Operação “Integration” está um avião que, segundo os registros, pertence à empresa Balada Eventos e Produções, do cantor sertanejo Gusttavo Lima.
De acordo com a equipe do cantor, o avião, apesar de ainda constar no nome da empresa de Gusttavo Lima, foi vendido à J.M.J Participações.
“A BALADA EVENTOS, por meio de seu advogado Cláudio Bessas, esclarece que a aeronave prefixo PR-TEN foi vendida por meio de contrato de compra e venda, devidamente registrado junto ao RAB-ANAC para a empresa J.M.J Participações. Portanto, a empresa J.M.J é a proprietária e está registrada no RAB da ANAC como operadora até o deferimento do processo de transferência pelo órgão”, informou a equipe do sertanejo ao GLOBO.
No entanto, o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda mostra a empresa de Gusttavo Lima como proprietária do avião, com sede em Goiânia e Aparecida de Goiânia.
A aeronave, um Cessna 560XLS, que acomoda até 11 pessoas, foi oficialmente adquirida pela empresa do cantor em 30 de julho de 2022, mas a operação atualiza que a J.M.J Participações é a responsável por sua operação, além de ser proprietária de um helicóptero também apreendido na mesma operação em Campina Grande. A J.M.J é controlada por Jorge Costa Guimarães Junior, Julio Cesar Lago Guimarães e Marco Antonio Lago Guimarães.
Além das aeronaves, as investigações também levaram à apreensão de itens de luxo, incluindo garrafas de vinho avaliadas em cerca de R$ 5 mil. Segundo informações do g1, os mandados de busca em Campina Grande foram direcionados a endereços ligados a José André da Rocha Neto, empresário vinculado à empresa de apostas Vai de Bet, da qual Gusttavo Lima é embaixador.
A prisão de Deolane Bezerra foi confirmada pela Polícia Civil de Pernambuco e a empresária foi encaminhada ao Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), localizado em Afogados, na Zona Oeste do Recife. As investigações revelaram que o grupo criminoso utilizava “diversas empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio, seguros e outras companhias para lavar dinheiro” através de depósitos e transações bancárias fraudulentas.