Um avião da Força Aérea dos Estados Unidos e que caiu em 1942, durante a II Guerra Mundial, no litoral do Rio Grande do Norte, foi identificado por pesquisadores do Estado. Uma das bases americanas no conflito ficava em Parnamirim, na Grande Natal. As informações são do G1, nesta segunda-feira (13).
A estrutura do hidroavião bimotor Catalina (semelhante ao da foto acima), do Esquadrão 83 da Marinha dos Estados Unidos, estava no fundo do mar da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, onde caiu em 13 de junho de 1942. A aeronave só foi encontrada no início deste mês, e informação divulgado hoje (13/06).
Identificação
Os destroços do avião foram percebidos por um mergulhador profissional que ministrava um curso na região. Ele avisou ao Centro Cultural Trampolim da Vitória, memorial que reúne fatos sobre a presença americana no RN durante a Segunda Guerra Mundial.
História
No último voo do Catalina estavam 10 marinheiros. sete morreram, incluindo o piloto, e três sobreviveram, sendo abrigados por pescadores de Barra de Maxaranguape.
Um relatório da Marinha da época do acidente apontou que “as condições de voo eram não-desejáveis, era de noite, não tinha luz, estava chovendo, teto baixo, visibilidade chegando a zero”. A queda do avião se deu por volta das 18h20. O avião saiu de Belém, no Pará, em direção à base aérea de Parnamirim.
Segundo os pesquisadores, o avião estava voando perto do mar e, sem visibilidade, muito provavelmente o piloto se desorientou e voou para dentro d’água.”O relatório da Marinha americana do acidente fala o nome de todo mundo que morreu, que horas que foi. Só não especifica direito onde. Eles colocavam perto de Natal”, explicou Fred. Ainda de acordo com representantes do centro de pesquisa, populares teriam achado pedaços desse avião nos anos 1990, mas se recusaram a passar qualquer informação.
Futuro
Os destroços do Catalina vão ser deixados no fundo do mar, segundo o curador do museu. As coordenadas do ponto onde o avião caiu foram informadas à Marinha do Brasil e às autoridades americanas. “Pela lei americana, onde teve um acidente militar que alguém morreu lá, aquilo vira uma tumba. Então não pode ser mexido”, pontuou em entrevista ao G1.
Presente
Nesta segunda-feira (13), o Centro Cultural Trampolim da Vitória, a prefeitura de Maxaranguape e a Marinha do Brasil fizeram uma homenagem diante da data de 80 anos do acidente. Foram jogadas flores em homenagem aos sete marinheiros que morreram no local.