O estado de saúde do papa Francisco, internado há nove dias no hospital Gemelli, em Roma, segue sob intensa atenção médica, conforme detalhado no boletim mais recente divulgado pelo Vaticano na tarde deste domingo, 23 de fevereiro.
Aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio atravessa um momento delicado desde sua admissão, em 14 de fevereiro, com altos e baixos que mantêm a equipe médica em alerta.
O informe da manhã havia destacado uma “noite tranquila” de descanso, mas a atualização vespertina trouxe novos elementos ao quadro clínico, indicando a persistência de desafios apesar de alguns sinais de estabilização.
O comunicado aponta que Francisco não registrou novas crises respiratórias desde a noite de sábado, um alívio após o dia mais crítico de sua internação. “As condições do Santo Padre continuam críticas; no entanto, desde ontem à noite, ele não apresentou novas crises respiratórias”, afirmou o texto.
As transfusões de sangue realizadas no sábado, com duas unidades de concentrado de hemácias, elevaram os níveis de hemoglobina, aliviando a anemia que o afetava. A contagem de plaquetas, embora ainda baixa, permanece estável.
No entanto, exames revelaram o surgimento de uma leve insuficiência renal, situação que, por enquanto, está controlada. “Contudo, alguns exames de sangue indicam um início leve de insuficiência renal, que, por ora, está sob controle”, informou o boletim, frisando que o papa recebe oxigênio por cânulas nasais e segue sem febre, alerta e bem orientado.
A complexidade do caso exige cautela. A equipe médica destacou que “a complexidade do quadro clínico e o tempo necessário para que as terapias medicamentosas apresentem alguma resposta tornam necessária a manutenção do prognóstico reservado”, sinalizando que a recuperação plena ainda é incerta.
O sábado, 22, marcou o pior momento da internação, quando uma crise respiratória asmática agravou o estado do pontífice, demandando oxigênio suplementar e transfusões para conter a queda nas plaquetas.
Apesar do risco de sepse — uma infecção generalizada que poderia desencadear uma reação inflamatória grave — não ter sido mencionado no boletim, ele permanece como uma preocupação latente.
Durante a manhã de domingo, no apartamento adaptado no 10º andar do hospital, Francisco participou da Santa Missa com seus cuidadores, um sinal de sua resiliência em meio às adversidades.
A saúde do líder da Igreja Católica, que já enfrentou outros problemas respiratórios no passado, mobiliza atenções globais. O Vaticano mantém a rotina de atualizações para informar fiéis e observadores, mas a ausência de uma perspectiva clara sobre a evolução do quadro reflete a gravidade da situação.
Entre momentos de melhora e novos desafios, como a insuficiência renal, o papa segue sendo assistido com cuidado, enquanto o mundo acompanha, entre preocupação e esperança, os próximos passos de sua recuperação. E mais: Custos do STF superam os da Monarquia Britânica. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: Folha de SP)