Correios atrasam salários de parte dos funcionários; Sindicato vai à Justiça

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Os salários de janeiro de uma parcela dos funcionários da estatal não foram pagos no prazo estipulado. A reportagem é do portal Poder360.

Por um acordo coletivo entre a empresa e seus colaboradores, os pagamentos devem ocorrer no último dia útil do mês desde 1969. No entanto, 2024 trouxe dificuldades sem precedentes, culminando no maior prejuízo da história da empresa: R$ 3,2 bilhões.



Este déficit financeiro, combinado com a decisão de renunciar a ações judiciais lucrativas, levou à solicitação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara dos Deputados.

Os problemas de pagamento afetaram especialmente os trabalhadores em São Paulo, onde o Sintect-SP (Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares de São Paulo) apresentou um pedido formal à direção da estatal.



De acordo com Elias Diviza, presidente do sindicato, alguns pagamentos começaram a ser feitos nesta terça-feira (4). Ele critica a nova política de centralizar todos os serviços de RH em Minas Gerais, que teria desorganizado todo o sistema.

“Deram a explicação de que houve falha no sistema do RH. Já tivemos esse mesmo problema com o tíquete. É falta de planejamento e gestão. Tem que voltar a ter RH em São Paulo e Rio”, declarou ao portal Poder360.



Quando questionados pela imprensa sobre a razão do atraso e o número de funcionários afetados, os Correios mencionaram “inconsistências” em certas categorias de pagamento e dados bancários desatualizados, o que resultou no atraso de 124 pagamentos.

Com isso, o Sintect-SP, representando os trabalhadores de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba, entrou com ação judicial contra os Correios pelo atraso nos salários de janeiro.



O sindicato atribuiu o problema à “incompetência” da gestão atual, que optou por centralizar os serviços de RH em Minas Gerais sem a capacidade de gerenciar eficientemente a demanda.

Com aproximadamente 85 mil funcionários diretos, o impacto do atraso foi significativo, conforme explicado no ofício do sindicato enviado na última segunda-feira (3), destacando que muitos trabalhadores “atrasaram seus aluguéis, financiamentos, contas de energia e água, todas essas contas gerando multas e juros”. E mais: Haddad apresenta a presidente da Câmara lista com 25 prioridades para 2025. Clique AQUI para ver. (Foto: EBC; Fontes: Poder360; Gazeta do Povo)

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