Apoiadores do ex-presidente Bolsonaro se concentraram na tarde desta quarta-feira (7), no centro de Brasília, em um ato pedindo anistia total para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro de 2023.
A manifestação contou com a presença do próprio Bolsonaro, que ainda se recupera de uma cirurgia recente, e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O protesto foi organizado pelo pastor Silas Malafaia, o mesmo responsável por mobilizações semelhantes realizadas em Copacabana e na Avenida Paulista.
A mobilização foi encerrada por volta das 18h, após movimentar a Esplanada dos Ministérios. Por medida de segurança, a Praça dos Três Poderes foi isolada por grades desde a Avenida José Sarney — último ponto de acesso ao Congresso Nacional, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Palácio do Planalto.
De acordo com comunicado oficial do governo do Distrito Federal, a barreira foi instalada para “evitar qualquer animosidade durante a manifestação pacífica pela anistia” e se trata de uma “linha de gradis duplos após a Avenida José Sarney, área limite para as manifestações”.
O foco do protesto foi a crítica às decisões do STF, que determinou punições rigorosas aos envolvidos nos atos de vandalismo de 2023, além de ataques ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e ao senador Davi Alcolumbre.
Motta é acusado por apoiadores do ex-presidente de barrar a proposta de anistia defendida por deputados ligados ao bolsonarismo, enquanto Alcolumbre articula uma alternativa mais branda que esvaziaria o projeto original.
A manifestação aconteceu em um dia útil, durante o expediente regular do Congresso e do Supremo, diferente do 8 de Janeiro, que ocorreu num domingo. Parlamentares aliados de Bolsonaro discursaram de cima de um trio elétrico enquanto a multidão seguia pela Esplanada.
O deputado Rodrigo Valadares (União-SE) criticou duramente a proposta apresentada no Senado que prevê penas mais brandas, mas exclui quem teria planejado ou executado tentativas de golpe.
“Não acreditem em proposta do Senado Federal feita pelo traidor Alessandro Vieira, relatada pelo petista Jaques Wagner. Isso é engodo, isso é enrolação, isso é para deixar os brasileiros presos. O Brasil só aceita uma coisa: anistia já e Bolsonaro presidente”, declarou.
Já a deputada Caroline de Toni (PL-SC) defendeu que a única proposta aceitável é uma anistia “geral e irrestrita”, que beneficie todos os condenados pelos atos. Segundo ela, trata-se de uma reparação para “brasileiros inocentes e patriotas”, que seriam “injustiçados e perseguidos”.
DISCURSO DO NOSSO PRESIDENTE, MITO E FODAAAAAAAAAAAAAAAA
HIRRUUUUUUUUUUUUUUUU pic.twitter.com/3pxQGULswg— 🇧🇷VÔ BIRRENTO🇧🇷 (@PCRucini1965) May 7, 2025
Marcha pela Anistia – Brasília – 07/05/25 pic.twitter.com/V91s7xxE0k
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) May 7, 2025
– Caminhada pela Anistia.
– Brasília, 07/maio, 16h30. pic.twitter.com/T3Q7D3LFsL— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 7, 2025
276 pessoas segundo a USP pic.twitter.com/ZcZ6wrBs7m
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Nosso líder Bolsonaro está de volta! O Brasil reacende a esperança! 🇧🇷🔥 pic.twitter.com/03KGOcMUVU
— Jair Renan Bolsonaro (@bolsonaro__jr) May 7, 2025
O recado do povo brasileiro. ANISTIA JÁ! 🇧🇷 pic.twitter.com/Xw1cYuq3nH
— Silas Malafaia (@PastorMalafaia) May 7, 2025