Na manhã desta sexta-feira, 13 de outubro, um atentado ocorreu em uma escola no norte da França, quando um homem invadiu o estabelecimento e atacou alunos e professores com uma faca, resultando em pelo menos uma vítima fatal e diversos feridos.
De acordo com informações das autoridades locais, citadas pela Bfm-TV, um professor de literatura perdeu a vida no ataque, enquanto outros dois docentes ficaram gravemente feridos após serem esfaqueados. O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, confirmou a prisão do agressor.
O agressor, identificado como Mohammed Mogushkov, um checheno de 20 anos e ex-estudante da escola, invadiu as salas de aula proferindo a expressão “Allah Akbar” (“Alá é grande”), como faziam os terroristas autores da série de atentados reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico entre 2015 e 2017 no país. Seu nome é Mohammed Mogushkov
Conforme reportado pela Bfm-TV, com base em fontes policiais, o irmão do agressor também foi detido. Até o momento, as motivações por trás desse ataque ainda não estão claras, o que mantém a investigação fora do escopo do departamento antiterrorismo. Nenhum grupo terrorista reivindicou responsabilidade pelo incidente até o presente momento. Nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do ataque até agora.
Emmanuel Macron chegou na sexta-feira, pouco antes das 15h00. O presidente francês entrou no estabelecimento, acompanhado pelos ministros do Interior, Gérald Darmanin, e da Educação, Gabriel Attal. Ele cumprimentaria as equipes de ensino e os serviços de emergência antes de fazer uma declaração pública.
Saindo pouco depois das 15h30, ele parou diante do corpo da professora que ainda estava em frente à escola, coberto com um cobertor. Equipes forenses estavam trabalhando.
O jovem nasceu na Rússia, segundo fonte policial. Chegando a França em 2008, comprometeu-se na primavera de 2021 a reexaminar o seu pedido de asilo, segundo a mesma fonte. Tendo o seu pedido sido considerado inadmissível pelo Ofpra, em decisão de março de 2021, foi interposto recurso para o Tribunal Nacional de Asilo no mês seguinte, rejeitado em agosto do mesmo ano.
Desde este verão, também tem sido monitorizado pela Direção-Geral de Segurança Interna (DGSI), através de escutas telefónicas e medidas de vigilância física, segundo fonte dos serviços de informação.
Ele foi notavelmente examinado na quinta-feira, sem que qualquer ofensa lhe fosse atribuída. O seu perfil “é, portanto, semelhante ao de um indivíduo radicalizado, cujo potencial é conhecido, mas que de repente decide agir, dificultando a sua neutralização”, disse esta fonte ao portal La Voix du Nord.
Uma testemunha ocular descreveu o o ataque: “Estávamos saindo da sala de aula para ir para a cantina, vimos um rapaz com duas facas atacar. Um professor ensanguentado tentou acalmá-lo para nos proteger. Ele nos mandou ir embora, não entendemos bem, começamos a correr e outros voltaram para os andares superiores”, relatou um dos alunos ao jornal “La Voix Du Nord”.
O ataque aconteceu na escola secundária Gambetta-Carnot, localizada em Arras, uma cidade com 40 mil habitantes e capital da região de Pas-de-Calais, próxima à fronteira com a Bélgica.
Este incidente de violência abala a França três anos após a decapitação de Samuel Paty, um professor de 47 anos, que foi morto em 16 de outubro de 2020, nos subúrbios de Paris. Sua morte ocorreu após ministrar uma aula sobre a liberdade de expressão, que incluiu a exibição de caricaturas de Maomé. Veja abaixo a situação das redondezas do local. E clique AQUI para ver cenas capturadas do momento do ataque (divulgadas pelo portal de notícias da França).
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