Assessora de Ministra de Lula é demitida após ofender são-paulinos: “exonerades’, ironiza torcida

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Marcelle Decothé da Silva, assessora da ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), foi alvo de protestos e posteriormente exonerada de seu cargo após criticar a “torcida branca” do São Paulo, que venceu o Flamengo na final da Copa do Brasil no último domingo.

Críticas e Consequências:
Marcelle Decothé, torcedora do Flamengo, publicou uma foto no Instagram após o jogo, onde estava na arquibancada do Morumbi, criticando os torcedores do São Paulo como uma “torcida branca que não canta, descendente de europeu safade… Pior tudo de pauliste (sic).”

Exoneração e Detalhes Financeiros:
No fim da tarde da terça-feira seguinte, o ministério anunciou a exoneração de Marcelle. Ela recebia um salário mensal de R$ 17,1 mil e ocupava um cargo comissionado executivo, trabalhando 40 horas semanais como chefe da assessoria especial do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

Em junho, ela recebeu um total de R$ 30.085,26, incluindo R$ 7,8 mil de “gratificação natalina” e R$ 9,6 mil de “outras remunerações eventuais”. O ministério da Igualdade Racial explicou que a gratificação natalina em junho é comum a todos os servidores públicos federais e corresponde à primeira parcela do 13º salário. Quanto às gratificações eventuais, referem-se ao auxílio moradia dos meses de março, abril e maio que estavam em atraso.

Atuação na CBF e Histórico Profissional:
Em junho, Marcelle foi indicada pelo ministério para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e tornou-se membro do Grupo de Trabalho de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol da entidade. Durante sua viagem no avião da FAB (Força Aérea Brasileira) para o jogo do Flamengo no domingo, ela ironizou a instituição ao comentar o fato de suas colegas vestirem camisas da seleção brasileira.

Marcelle Decothé trabalha com Anielle Franco desde 2020, coordenando a área de Incidência do Instituto Marielle Franco, criado em homenagem à irmã de Anielle, assassinada em 2018 junto com seu motorista Anderson Gomes. O instituto foi criado com o objetivo de conectar mulheres negras, LGBTQIA+ e periféricas.

Ironias
Nas redes sociais, torcedores são-paulinos ironizaram a demissão de Marcelle. Em um perfil dedicado ao Tricolor do Morumbi, seguidores escreveram “que delicie”, “Elu foi exonerade”, em referência à linguagem ‘neutra’ usada pela ex-assessora ao ofender a torcida. Confira abaixo!

 

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Fonte e foto: Agência Brasil

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