A Argentina alcançou um acordo nesta quarta-feira (10) com o Fundo Monetário Internacional (FMI) durante a sétima revisão do programa de US$ 44 bilhões do país.
A notícia, inicialmente revelada pela Bloomberg antes do anúncio oficial, destaca a aprovação do acordo pelo conselho executivo do FMI, que implicaria o envio de aproximadamente US$ 3,3 bilhões para a Argentina. Essa quantia será destinada pelo governo de Milei para quitar dívidas anteriores com o Fundo, vencendo no final do mês e posteriormente.
Globalmente, o acordo oferece a Milei uma margem para decidir se continuará com o programa de negociação de dívidas atual, estabelecido por seu antecessor, ou se proporá uma abordagem renovada.
O anúncio desse compromisso foi bem recebido em Wall Street, refletido no aumento dos títulos em dólares de referência do país com vencimento em 2030, que subiram cerca de US$ 0,01, sendo negociados em torno de US$ 0,39, representando o maior salto intradia desde 24 de novembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.
O acordo em nível de equipe ocorre após a visita de altos funcionários do FMI à Argentina para negociações, simbolizando um desenvolvimento positivo após anos de conversas realizadas quase inteiramente fora do país, enquanto as tensões entre o presidente Alberto Fernández e a liderança do Fundo se intensificavam.
Antes dessas negociações, a equipe de Milei, liderada pelo ministro da Economia Luis Caputo, propôs medidas de austeridade rigorosas, desregulamentação em massa e implementou uma desvalorização cambial de 54% com o objetivo de redefinir a economia. Estima-se que a inflação ultrapassou 200% em dezembro, após a desmontagem dos controles de preços por Milei em meio à desvalorização do peso. E veja também: Governo Lula declara apoio à denúncia contra Israel por “genocídio” na Corte de Haia. Clique AQUI para ver.