A Argentina anuncia que garantiu o financiamento de 689 milhões de dólares do banco de desenvolvimento estatal brasileiro BNDES para a segunda etapa de um importante gasoduto na enorme região de xisto de Vaca Muerta, disse a secretária de Energia argentina, Flavia Royon, nessa segunda-feira (12). As informações são da agência de notícias Reuters.
A fala da secretaria também consta na mídia argentina: “Iniciamos a construção do primeiro trecho do Gasoduto Presidente Néstor Kirchner, que aumentará a produção de Vaca Muerta e ampliará a capacidade de transporte de gás em 30% e nos permitirá economizar 2 bilhões de dólares em importações. Além disso, obtivemos financiamento de 689 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros 540 milhões da CAF para sua segunda tranche”, disse Flavia (foto abaixo)em reportagem no portal local “Vacamuertanews”.
O gasoduto, que aumentará enormemente a capacidade de transporte de gás do país vizinho, ajudará a Argentina “a alcançar a autossuficiência energética, aprofundar as exportações regionais e desenvolver projetos de GNL (gás natural liquefeito)”, disse Royon a líderes empresariais na capital Buenos Aires.
Royon acrescentou que seu país também está em negociações avançadas para um empréstimo de US$ 540 milhões do banco de desenvolvimento latino-americano CAF para apoiar o desenvolvimento do projeto.A “CAF” é o banco de desenvolvimento da América Latina, do qual o Brasil não faz parte.
A primeira etapa do gasoduto, que ligará Vaca Muerta, na província patagônica de Neuquén, à região próxima à capital Buenos Aires, será concluída em junho de 2023.
Vaca Muerta, a segunda maior reserva de gás de xisto do mundo e a quarta maior em óleo de xisto, é a chave para a Argentina reverter um déficit comercial de energia de bilhões de dólares, com o governo visando eventuais exportações de GNL. O país de Alberto Fernández também enxerga o Brasil como um grande consumidor em potencial do produto.
“É um trabalho fundamental e histórico, que irá aumentar a produção de Vaca Muerta, expandir a capacidade de transporte de gás em 30% para levar o gás até os centros de consumo e aumentar as possibilidades de exportação”, declarou Royon.
BNDES nega
A informação divulgada pela secretária de energia da Argentina causou surpresa, pois não há informações de que o BNDES fez empréstimos a outros países durante o governo Bolsonaro, ainda mais nesses valores.
Assim, questionado pelo portal especializado Petro Notícias, do Brasil, o banco estatal negou qualquer financiamento ao país vizinho: “O governo argentino, por meio de sua embaixada em Brasília, e empresas brasileiras entraram em contato com o BNDES e com o Ministério da Economia em consulta sobre eventual financiamento à exportação de bens brasileiros. Não há pedido formal de financiamento protocolado no BNDES.”
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