Após reportagem da Folha de São Paulo que alegou uma suposta “contagem paralela de votos” pelas Forças Armadas nas eleições, foi cancelada uma reunião que estava prevista para esta terça-feira (13) entre o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. Segundo a imprensa, não há uma nova data para o encontro.
O encontro teria como pauta a proposta dos militares de realizar o teste de integridade nas urnas eletrônicas no dia da eleição nas sessões eleitorais. O objetivo era tentar avançar em relação a uma eventual implantação da medida nas eleições deste ano.
Na reunião de 31 de agosto, ficou alinhada a possibilidade de as áreas técnicas da Corte eleitoral e das Forças Armadas apresentarem, em conjunto, um projeto-piloto para atender a demanda dos militares.
Segundo a emissora CNN, a confirmação da reunião na agenda do TSE estava sendo aguardada pelo Ministério da Defesa durante a tarde desta segunda-feira (12). De forma reservada, integrantes da pasta admitiram que a informação de que os militares planejam fazer uma “checagem paralela da votação” dada pela Folha foi “mal-recebida pela cúpula da Corte eleitoral”.
Ontem mesmo o Ministério da Defesa desmentiu a reportagem. Clique AQUI para ver. O TSE também rebateu a informação. Clique AQUI para ver.
Em nota, as Forças Armadas lembram que têm atuado como uma das entidades fiscalizadoras do processo eleitoral e que “não demandam exclusividade e tampouco protagonismo em nenhuma etapa ou procedimento da fiscalização do sistema eletrônico de votação e permanecerão pautando a sua atuação pela estrita observância da legalidade, pela realização de um trabalho técnico e pela colaboração com o TSE”.
Faltam 19 dias para as eleições de primeiro turno e, pelo pouco tempo e cancelamento da reunião, é pouco provável qualquer modificação nos testes de integridade das urnas, que deverão acontecer da mesma forma de eleições passadas: na sede do TSE e alguns dias antes do pleito.