Uma ala do Supremo Tribunal Federal (STF) e membros da Procuradoria-Geral da República (PGR) têm defendido que o ministro Alexandre de Moraes deixe a relatoria do inquérito que investiga o vazamento de mensagens trocadas entre servidores do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo reportagem da CNN.
De acordo com a emissora, um dos ministros do STF mencionou duas alternativas possíveis: que Moraes se afaste da relatoria ou conduza a investigação de maneira mais discreta. No entanto, essa segunda opção é vista como improvável, considerando o estilo característico de Moraes.
O argumento principal para que Moraes deixe o caso é o fato de ele ser uma das vítimas do vazamento, o que geraria um conflito de interesses ao conduzir a investigação. Além disso, há a possibilidade de que, no decorrer da apuração, ele se torne um potencial alvo de denúncia, caso sejam encontradas irregularidades nas informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo.
A CNN destacou que o inquérito tem causado preocupações dentro do STF, com alguns ministros se sentindo desconfortáveis com a exposição negativa que o caso trouxe à Corte. Um ministro citou à emissora um episódio em que a condução de inquéritos por Moraes foi criticada no Congresso dos Estados Unidos.
No âmbito da PGR, procuradores também indicaram que seria adequado que Moraes seguisse o precedente estabelecido na investigação sobre as ofensas que ele e sua família sofreram no aeroporto de Roma, em que ele se afastou da condução do caso.
No entanto, a posição de que Moraes deveria deixar a relatoria não é unânime. Uma outra fonte do STF afirmou à CNN não ver problemas em Moraes continuar conduzindo o inquérito, argumentando que, nesta fase da investigação, a identidade do relator não faria diferença significativa, e que o debate principal ocorrerá se uma eventual denúncia for apresentada. E mais: Sem citar Pablo Marçal, Bolsonaro publica que é contra censura “Independente de quem”. Clique AQUI para ver. (Foto: STF; Fonte: CNN)