A ‘Frente Parlamentar da Agropecuária’ (FPA) manifestou-se contrária à decisão do governo federal de considerar a redução de impostos de importação sobre produtos agrícolas para tentar conter os preços dos alimentos. Em nota oficial, a entidade classificou a ideia como inadequada.
“É mais uma medida desesperada e mal pensada do governo que insiste em ignorar os problemas macroeconômicos, controle inflacionário, câmbio descontrolado e gasto público exorbitante”, declarou Pedro Lupion (PP-PR), deputado e presidente da FPA. Segundo ele, “não existe desabastecimento, não há problemas de safra, não há sobrepreço”.
Na semana passada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou que o governo está analisando a possibilidade de reduzir tributos sobre importação para alimentos que, por algum motivo, apresentem preços mais altos no mercado interno em comparação com o externo.
O tema foi discutido em uma reunião ministerial, diante da preocupação de Luiz Inácio Lula da Silva com o impacto da inflação alimentar em sua popularidade, especialmente considerando a eleição de 2026.
Embora o Executivo tenha autonomia para ajustar impostos de importação, a Frente Parlamentar da Agropecuária, uma das bancadas mais influentes na Câmara dos Deputados, pode dificultar o avanço de outras pautas governamentais em retaliação.
O governo também enfrenta críticas devido à forma como lidou com declarações sobre o tema. No início, Rui Costa mencionou possíveis “intervenções” nos preços dos alimentos, mas depois precisou esclarecer que não se tratava de um controle de preços.
Em outro momento, houve especulação sobre uma proposta para alterar a validade de alimentos não perecíveis, inspirada em práticas internacionais e sugerida por redes de supermercados.
Entretanto, a repercussão negativa, amplificada por lideranças da oposição nas redes sociais, levou o governo a descartar a ideia. E mais: Desaprovação ao governo Lula atinge maior nível, aponta pesquisa. Clique AQUI para ver. (Foto (Lula e Fávaro): Palácio do Planalto; Fonte: UOL)