O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem para que a Polícia Federal (PF) amplie e aprofunde a investigação sobre o incidente ocorrido na Itália envolvendo uma família de São Paulo e o ministro Alexandre de Moraes.
O episódio remonta ao ano passado, durante a presença do ministro no país europeu para participar de uma palestra no Fórum Internacional de Direito.
Em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para que as investigações fossem devolvidas à autoridade policial, o ministro Toffoli reconheceu a necessidade de uma apuração mais minuciosa.
Segundo a PGR, há “elementos de convicção sobre ter havido, na data e local indicados, atos de hostilidade de gravidade considerável”. A PGR também destacou que a “falsa imputação da conduta criminosa ao Ministro foi realizada pelos investigados de maneira pública e vexatória”, evidenciando um claro objetivo de constrangimento.
Além disso, a PGR apontou que, durante a análise do conteúdo do único celular apreendido na residência da família de São Paulo, a PF identificou mensagens que narravam o episódio de maneira distorcida da realidade. Isso sugere a possibilidade de compartilhamento de conteúdo de vídeo manipulado para criar um cenário fantasioso.
Diante dessas constatações, o ministro Toffoli determinou o levantamento do sigilo do caso e ordenou a complementação das investigações pela autoridade policial.
Em resposta à manifestação de Toffoli, a defesa do empresário Roberto Mantovani solicitou um novo depoimento sobre o caso. O advogado Ralph Tórtima, representante de Mantovani, também fez outros requerimentos, incluindo a supressão da conversa entre ele e seu cliente do relatório da PF, conforme decisão do ministro Toffoli, o acesso integral às imagens do aeroporto internacional de Roma, de acordo com critérios estabelecidos anteriormente pelo próprio ministro, e a disponibilização da manifestação da PGR que solicitou novas diligências sobre a investigação. (Foto: reprodução vídeo, STF; Fontes: R7; Poder360)