O conflito no Oriente Médio fez uma vítima brasileira nesta quarta-feira (25). Um adolescente de 15 anos morreu no Líbano após uma bombardeios de tropas israelenses contra o Hezbollah. Ali Kamal Abdallah foi atingido no Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute.
O pai do adolescente é paraguaio e também morreu nas explosões. A embaixada do Brasil no Líbano está em contato com a família.
O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixassem a área conflagrada. O aeroporto de Beirute continua aberto, mas o governo avalia a necessidade de uma operação de repatriação.
Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah.
Em nota, o Itamaraty lamentou as declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressou “grave preocupação” diante das exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.
“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”.
Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute continua prestando assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente.
Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).
Hanan Abdallah, irmã do adolescente brasileiro que morreu no Líbano junto com o pai, conta que os dois foram para o Líbano trabalhar em uma pequena fábrica familiar de produtos de limpeza.
Ali Kamal Abdallah tinha 15 anos e nasceu em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O pai dele, Kamal Hussein Abdallah, de 64 anos, era libanês com naturalidade paraguaia.
Segundo Hanan Abdallah, a família morou por mais de dez anos em Foz do Iguaçu e voltou para o Líbano há cerca de quatro anos, onde tinham uma empresa em Sohmor, cidade vizinha a do bombardeio.
Além de Ali, Kamal Hussein morava na cidade de Kelya junto com outros dois filhos: um rapaz de 16 anos, e uma jovem de 21 anos.
O adolescente de 16 anos também se feriu no bombardeio, mas sobreviveu. Ele e a irmã estão a caminho do Brasil, devem chegar no país na quinta-feira (26) e estão muito abalados, conforme Hanan.
À emissora RP, Hanan contou que conversou com o pai na madrugada de segunda-feira, por volta das 5h no horário de Brasília.
Ela relatou que o pai estava angustiado e estava tentando conseguir passagens para os filhos voltarem ao Brasil, porque estava com medo.
A jovem tem um bebê e está há mais de um ano sem ver a família. Ela voltou ao Brasil após se casar, há cerca de 2 anos.
Conforme Hanan, o restante da família já tentava voltar ao Brasil. A esposa da vítima e mãe de Hanan, de 49 anos, chegou a Foz do Iguaçu cerca de uma semana. E mais: Dino e Moraes fazem piada sobre futebol em julgamento de recurso do Corinthians. Clique AQUI para ver. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: EBC; G1)