Um fenômeno atmosférico raríssimo chamou a atenção de moradores e turistas em praias do litoral norte de Portugal nos últimos dias: a aparição de uma nuvem rolo, conhecida cientificamente como “Volutus”.
O impressionante registro foi feito entre as regiões de Figueira da Foz e Esposende e viralizou nas redes sociais por sua aparência incomum, semelhante a um imenso tubo no céu, lembrando até uma onda prestes a quebrar.
De acordo com o meteorologista Mário Marques, em entrevista à CNN Portugal, a última vez que esse tipo de nuvem foi observado no país foi há quase duas décadas, na cidade do Porto. A formação das Volutus é extremamente incomum e depende de uma combinação específica de fatores meteorológicos, mesmo em áreas naturalmente favoráveis, como o litoral norte português.
Essas nuvens ocorrem quando há um forte contraste entre as temperaturas do oceano e do ar sobre o continente. Recentemente, as águas do Atlântico estavam entre 17 °C e 18 °C, enquanto o interior do país registrava temperaturas próximas dos 40 °C — um desequilíbrio térmico ideal para o fenômeno.
Segundo Marques, o processo começa ao fim da tarde, quando a brisa do mar tenta avançar para o continente, mas é barrada por uma camada de ar quente sobre a faixa litorânea. O encontro dessas massas de ar com temperaturas distintas provoca a rotação da nuvem sobre si mesma, criando o formato alongado e tubular característico.
Outro fator essencial para a estabilidade da nuvem rolo é a ausência de ventos fortes, que permite sua manutenção por alguns minutos antes de se dissipar.
Apesar de seu aspecto imponente e até assustador para quem presencia o fenômeno pela primeira vez, a nuvem rolo não representa riscos à população, embora possa reduzir temporariamente a visibilidade nas áreas onde se forma.
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