O que disseram a esposa e a mãe de Mauro Cid sobre a defesa de Bolsonaro

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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, entregou à Polícia Federal documentos com declarações de sua esposa, Gabriela Ribeiro Cid, e de sua mãe, Agnes Barbosa Cid.

Conforme reportagem da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, ambas afirmam ter sido procuradas por advogados ligados ao entorno de Bolsonaro, que supostamente buscavam influenciar uma possível mudança na defesa de Cid durante as investigações da Polícia Federal.

Em depoimento escrito e assinado na última segunda-feira (23), Gabriela relatou que recebeu diversas ligações de Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência e ex-advogado de Bolsonaro.

“No ano de 2023, provavelmente nos meses de agosto e setembro, o advogado Fábio Wajngarten me telefonou diversas vezes. Eu não atendia essas ligações. Atendi após o pedido de minha filha Giovana Cid, que era alvo de ligações insistentes por parte dele. Nessa oportunidade, fiz uma gravação em vídeo da ligação onde ele tenta me persuadir a trocar de advogado. Isso aconteceu assim que Mauro passou a ser atendido por Cezar Bittencourt”, escreveu Gabriela.

Ela também relatou que, por receio de eventuais complicações legais, apagou o vídeo posteriormente. “Fiz a gravação com medo de haver um problema com a Justiça e poder me resguardar. Entretanto, resolvi apagar por sentir que não estava fazendo o correto entregando uma pessoa que, inicialmente, estava querendo ajudar. Pensei que estaria agindo de má fé com a gravação”, explicou.

A mãe de Cid também relatou ter sido abordada com o mesmo objetivo. As declarações chamam atenção pelo momento em que foram entregues — cerca de dois anos após os supostos episódios — e reforçam a tese da Polícia Federal de que houve tentativa de interferência nas investigações.

Nesta quarta-feira (30), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal colha depoimentos de Fábio Wajngarten e dos advogados que representam Bolsonaro.

A medida faz parte do inquérito que apura possível obstrução de Justiça no caso que investiga uma suposta ‘tentativa de golpe de Estado’ após as eleições de 2022. (Foto: Palácio do Planalto; Fonte: O Globo)

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