Estatais federais acumulam maior déficit nominal desde 2002, aponta BC

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As estatais federais — com exceção da Petrobras e das instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES — registraram um déficit de R$ 926 milhões em maio de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (30) pelo Banco Central (BC).

No mesmo período do ano anterior, o rombo já era significativo, com R$ 698 milhões negativos, mas o cenário atual revela um agravamento da situação fiscal dessas empresas.

No acumulado de janeiro a maio, o prejuízo alcançou R$ 3,48 bilhões, marcando o maior déficit nominal da série histórica para esse intervalo desde o início dos registros, em 2002.

Esse também é o terceiro ano consecutivo com resultado negativo, superando em 1,6% o valor registrado entre janeiro e maio de 2024. O último superavit das estatais foi em 2022, com saldo positivo de R$ 5,1 bilhões.

O resultado serve como termômetro da eficiência administrativa dessas empresas. Déficits recorrentes podem indicar má gestão ou aumento de despesas, o que acaba gerando pressão sobre o Tesouro Nacional para suprir as necessidades financeiras por meio de aportes diretos ou garantias.

A Petrobras continua fora da conta por seguir normas de governança corporativa semelhantes às de empresas privadas, com autonomia para captar recursos nos mercados interno e externo.

Além do balanço das estatais, o Banco Central divulgou os números consolidados das contas públicas. O setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais, teve um déficit primário de R$ 33,7 bilhões em maio. Ainda assim, o valor representa melhora em relação ao mesmo mês de 2024, quando o déficit chegou a R$ 63,9 bilhões.

O desempenho do governo central foi o mais negativo, com R$ 37,4 bilhões de déficit. Já os governos regionais (estaduais e municipais) fecharam o mês com superavit de R$ 4,5 bilhões.

Nos últimos 12 meses, o setor público consolidado acumulou superavit de R$ 24,1 bilhões, equivalente a 0,20% do Produto Interno Bruto (PIB).

O resultado nominal, que considera tanto o resultado primário quanto os juros da dívida pública, foi deficitário em R$ 125,9 bilhões em maio.

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) — que compreende o governo federal, o INSS e os governos estaduais e municipais — atingiu 76,1% do PIB, o equivalente a R$ 9,3 trilhões, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação a abril. (Foto: PixaBay; Fontes: CNN; Poder360)

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