Em entrevista ao podcast Deu Tilt, do UOL, Milton Beck, diretor-geral do LinkedIn para a América Latina e África, destacou que a plataforma deixou de ser apenas um espaço para quem está atrás de emprego e se consolidou como uma vitrine profissional.
Segundo ele, apenas cerca de 20% dos 85 milhões de usuários brasileiros com conta no LinkedIn estão efetivamente em busca de uma nova colocação.
“Talvez 20% dos 85 milhões de usuários estejam ativamente buscando emprego”, afirmou Beck. Os demais, segundo ele, usam a rede para acompanhar temas de interesse profissional, pesquisar empresas, seguir líderes que admiram e crescer dentro do próprio ambiente de trabalho. “A rede passou a ser um lugar onde o usuário vai se desenvolver profissionalmente”, explicou.
Beck também ressaltou que o LinkedIn é percebido como um ambiente mais seguro, por exigir a identificação real dos usuários.
“Você está com seu nome, ligado a uma empresa. Você controla mais”, disse. Isso, segundo ele, acaba influenciando no comportamento dentro da plataforma. “Vejo muito menos discursos de raiva do que em outros lugares. Quando você está escrevendo sob o anonimato, não pensa muito. Na hora que está com seu nome e sua face representando uma empresa, vai pensar mais”, argumentou.
O diretor também comentou que, embora as redes sociais estejam repletas de vídeos e conteúdos informais, isso não se aplica ao LinkedIn. “Muita coisa do TikTok não cabe no LinkedIn”, afirmou. Para ele, há uma espécie de etiqueta própria na rede, que mantém o tom profissional e evita a informalidade excessiva.
Beck destacou ainda que os recrutadores estão cada vez mais ativos na plataforma, em busca de profissionais que dominem habilidades técnicas e comportamentais, especialmente ligadas à transformação digital.
“Apesar de as pessoas acharem que é um hype, ‘ah, agora tudo virou inteligência artificial’, isso não é um hype. Na nossa visão, é uma coisa que veio para ficar e vai mudar muito a forma como as pessoas trabalham”, disse.
Com 85 milhões de contas brasileiras, o país representa mais de 7% dos 1,2 bilhão de usuários globais da rede — número que faz do Brasil o terceiro maior mercado do LinkedIn, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. (Foto: PixaBay; Fonte: UOL)
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