O governo brasileiro informou nesse domingo (22) que continuam os esforços para localizar a brasileira Juliana Marins, de 24 anos, que sofreu um acidente durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia. Este é o terceiro dia consecutivo de buscas, que agora contam com acompanhamento direto da Embaixada do Brasil em Jacarta.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, os trabalhos precisaram ser interrompidos temporariamente no início do dia (horário de Brasília) por conta das condições meteorológicas desfavoráveis. No entanto, com a melhora do tempo e o amanhecer no país asiático, que tem 11 horas de diferença em relação ao Brasil, as equipes conseguiram retomar as ações de resgate.
Juliana, que é natural de Niterói (RJ), está em viagem pela Ásia desde fevereiro e já passou por Vietnã, Tailândia e Filipinas, de acordo com sua irmã, Mariana Marins. O acidente ocorreu na madrugada de sábado (21), quando ela teria escorregado e caído de uma altura estimada em 300 metros, durante o percurso pela trilha do vulcão, um dos pontos turísticos mais visitados da Indonésia.
A queda só foi percebida cerca de três horas depois, quando outros turistas identificaram a situação e entraram em contato com os familiares de Juliana por meio das redes sociais, compartilhando a localização, vídeos e fotos do local. Imagens feitas com drone também ajudaram a identificar o ponto exato do acidente.
Desde que a família notificou o desaparecimento, o Itamaraty mobilizou canais diplomáticos para acelerar o processo de resgate.
“O embaixador entrou pessoalmente em contato com Diretor Internacional da Agência de Busca e Salvamento e com o Diretor da Agência Nacional de Combate a Desastres da Indonésia, e tem recebido das autoridades locais os relatos sobre o andamento dos trabalhos”, informou o ministério, em nota oficial.
Além disso, o chanceler Mauro Vieira passou a se envolver diretamente nas negociações com o país asiático. “O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também iniciou contatos ‘de alto nível’ com o governo indonésio para pedir reforços no trabalho de buscas”, completou o comunicado.
Dois servidores da representação diplomática brasileira estão no local acompanhando pessoalmente as operações. Enquanto isso, amigos e familiares seguem em vigília, na esperança de que Juliana seja encontrada com vida nos próximos desdobramentos das buscas.
O Monte Rinjani é um dos principais cartões-postais da Indonésia e o segundo vulcão mais alto do país, com aproximadamente 3.726 metros de altitude. Localizado na ilha de Lombok, é uma das atrações naturais mais visitadas do arquipélago, especialmente por turistas que buscam aventura, contato com a natureza e experiências únicas de trekking.
A região ao redor do vulcão é conhecida por suas paisagens deslumbrantes, que incluem florestas tropicais, lagos de águas cristalinas e fontes termais naturais. O destaque é o Lago Segara Anak, uma cratera vulcânica que se formou após a última erupção do Rinjani, onde os visitantes podem se refrescar e apreciar a vista exuberante do entorno.
Além do turismo de aventura, Lombok oferece uma cultura rica e diversificada, com aldeias tradicionais que preservam costumes ancestrais, artesanato local e festivais religiosos. A ilha é uma alternativa mais tranquila e menos turística que sua vizinha, Bali, atraindo aqueles que buscam um contato mais autêntico com a vida indonésia.
O trekking até o topo do Monte Rinjani é desafiador e requer preparo físico, mas recompensa os visitantes com vistas panorâmicas inesquecíveis, especialmente durante o nascer do sol.
Devido à sua popularidade, a trilha é monitorada por guias locais e equipes de segurança, mas as condições do terreno e do clima podem ser imprevisíveis, exigindo atenção redobrada dos aventureiros. (Foto: reprodução redes sociais; Fonte: CNN)
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