Os Estados Unidos conduziram, na noite de sábado (21), bombardeios contra três centros nucleares estratégicos do Irã — Fordow, Natanz e Isfahan — em uma ação militar que contou com a anuência do presidente Donald Trump.
Em um pronunciamento feito diretamente da Casa Branca, o republicano classificou o alvo da operação como “o mais difícil e letal” e sinalizou que espera não precisar repetir o gesto. No entanto, deixou claro que, caso o Irã não escolha o caminho da paz, novas ofensivas estão previstas.
“Ou haverá paz ou uma tragédia ainda maior para o Irã do que tudo o que vimos nos últimos oito dias”, alertou Trump. Ele ainda reforçou que “se não houver paz, os EUA irão atrás de outros alvos”, deixando evidente que o confronto pode escalar.
Horas antes, o próprio Trump já havia revelado em sua plataforma Truth Social os locais atingidos. Ele destacou que as três instalações bombardeadas fazem parte de um projeto nuclear que vem sendo acompanhado há anos por agências de inteligência. “Todos ouviram esses nomes por muitos anos enquanto eles desenvolveram esse horrível e destrutivo empreendimento”, comentou.
O presidente norte-americano argumentou que o objetivo da ação era claro: neutralizar a capacidade iraniana de enriquecer urânio e impedir que o país alcance capacidade nuclear bélica.
“Nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento do Irã e parar a ameaça nuclear em posse do Estado número 1 em patrocínio do terror”, disse. Ele ainda classificou os ataques como um “sucesso militar espetacular” e garantiu que “as instalações chave de enriquecimento do Irã foram completamente e totalmente obliteradas”.
O contexto dos ataques ocorre em meio à crescente tensão entre Irã e Israel. No último dia 12 de junho, o governo israelense lançou ofensivas alegando agir de forma preventiva diante de um suposto risco iminente de ataque nuclear iraniano.
Paralelamente, os EUA vinham tentando restabelecer um acordo com Teerã, com a proposta de restringir o programa nuclear iraniano a fins pacíficos. No entanto, as negociações perderam força nas últimas semanas.
Durante seu discurso, Trump fez questão de elogiar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem afirmou ter uma parceria “única”. Mais cedo, em mensagem publicada no X (antigo Twitter), Netanyahu celebrou o ataque liderado pelos EUA e declarou que a ação militar “vai mudar a história”. (Foto: reprodução vídeo; Fonte: CNN)