O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) usou as redes sociais nesta terça-feira (17) para se manifestar sobre o seu indiciamento pela Polícia Federal no inquérito que investiga uma suposta “Abin paralela”, estrutura clandestina de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência.
Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro ironizou a ação da PF, relacionando o processo a interesses políticos futuros.
“Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não! É só coincidência!”, escreveu o vereador.
Além de Carlos, também foram formalmente indiciados o próprio Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin.
Nenhum dos dois se pronunciou até o momento, embora ambos tenham negado publicamente, em outras ocasiões, qualquer envolvimento em atividades ilegais de monitoramento ou a existência de uma estrutura paralela dentro da agência.
A investigação foi impulsionada após reportagens do jornal O Globo, publicadas em março de 2023, revelarem que a Abin havia adquirido um sistema de rastreamento de localização para vigiar alvos em diferentes regiões do país, sem autorização judicial. Esse aparato, que funcionaria à margem da estrutura oficial da agência, passou a ser chamada de “Abin paralela”.
Segundo informações da PF, mais de 30 pessoas foram indiciadas no caso. Entre elas estão membros atuais da direção da Abin, como Luiz Fernando Corrêa (diretor-geral), Luiz Carlos Nóbrega (chefe de gabinete) e José Fernando Chuy (corregedor-geral). Todos são delegados de carreira da própria Polícia Federal e foram nomeados durante o governo Lula.
Em nota, a Abin reiterou que está colaborando com as investigações e frisou que os fatos apurados referem-se a administrações anteriores. (Foto: Câmara do Rio; Fonte: O Globo)
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