O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que o governo deve resolver até quarta-feira (4.jun) o impasse envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A definição ocorrerá antes da viagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à França, e segundo Haddad, a ausência do chefe do Executivo não será um empecilho para a decisão.
“Os três presidentes – da República, da Câmara e do Senado – concluíram que vale a pena, antes da viagem do presidente, se debruçar sobre essas questões e tomar uma decisão”, declarou Haddad a jornalistas, na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília.
O governo elevou a alíquota do IOF como parte de um esforço para reforçar a arrecadação federal, com a previsão de gerar R$ 19 bilhões em receitas adicionais em 2025. A medida visa reduzir a necessidade de cortes orçamentários.
Em resposta, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), deram um prazo de dez dias, a partir de 28 de maio, para que o ministro apresentasse uma alternativa.
Haddad, no entanto, relativizou o prazo: “Eu não preciso dos dez dias. Sabemos o que precisa ser feito”. Ele também sinalizou que a solução não necessariamente incluirá a revogação imediata do decreto que elevou o imposto, destacando que as ações devem ser integradas. “É preciso retomar uma decisão política do que será feito. Acredito que esta semana a gente possa resolver e melhorar tanto a regulação do IOF quanto as questões estruturais. Não dá mais para dissociar uma coisa da outra”, afirmou.
O ministro ainda elogiou o presidente da Câmara, Hugo Motta, classificando como positiva a abertura para tratar de reformas econômicas com o apoio do Congresso.
Disse também que Motta e Alcolumbre são “parceiros fundamentais do país”. “Eles sabem que tem o amanhã. Amanhã tem outro governo. Tem eleição. Tem discussão sobre esses temas”, concluiu. E mais: 87% das universidades do Brasil perdem posição em ranking internacional. Clique AQUI para ver. (Foto: Ministério da Fazenda; Fonte: Poder360)